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13/08/2015

[Asa]Opinião "Aquele Beijo", de Julia Quinn

quinta-feira, agosto 13, 2015 1
Titulo: Aquele Beijo
Autor: Julia Quinn


Gareth St.Clair vive momentos difíceis. Após a morte do irmão, passa a ser o único herdeiro da fortuna do pai. Infelizmente, o ódio deste por Gareth é tanto que prefere desbaratar o seu património a vê-lo nas mãos do filho. Resta-lhe como legado um velho diário, escrito pela avó paterna, que poderá conter os segredos do seu passado e a chave para o seu futuro. O único problema é que… o diário foi escrito em italiano, uma língua que o jovem não domina de todo.
Por um golpe de sorte, Gareth conhece Hyacinth Bridgerton, a mais jovem menina do conhecido clã, que nunca recusa um desafio, embora o seu italiano deixe muito a desejar. Além disso, Gareth intriga-a, pois parece estar sempre a rir-se dela.
Juntos, embrenham-se nas páginas do velho diário, mas aquilo que vão descobrir transcende as palavras escritas em papel, e manifesta-se sob a forma de um simples - mas inesquecível - beijo…


Finalmente chegou o mais recente livro de Julia Quinn e que livro…
Sabem aquelas historias que nos deixam sem ar? Que nos fazem ansiar por mais? Pois bem, esta é uma delas.
Não consigo dizer-vos qual dos livros desta sério é o meu favorito, mas tenho de confessar que Hyacinth conseguiu com que este ficasse no óptima posição. A mais nova dos irmãos Bridgerton sempre se mostrou muito independente, com uma personalidade muito á frente para a sua época. É verdade que todos os irmãos também o eram, mas com esta personagem pareceu-me que esse detalhe estava mais vincado.
Depois de termos descoberto a identidade de Lady Whistledown tinha ficado um pouco mais desmotivada com esta serie. Apesar de gostar bastante dos livros parecia que faltava algo e a autora finalmente conseguiu tirar-me essa sensação que me fazia desgostar um pouco daquilo que estava a ler. Claro que para isso contribuiu as aparições de Lady Danbury e, sendo esta avó de Gareth, garantiu que todo o livro fosse cada vez mais envolvente sempre que se virava a página.
Em relação a Gareth deixem-me que vos diga que ele é uma personagem excepcional, um neto digno da sua avó. Não gostei do pai dele, a forma como o tratava era deplorável e, apesar de ele ser um filho bastardo, acho que não merecia o tratamento que estava sempre a ter da parte do pai. Pelo menos tinha a avó que sempre lhe deu amor, carinho e um lar estável, onde ele se tornou num homem fantástico.
O que posso dizer-vos mais? Irão ter momentos de muito riso e diversão. As personagens são completamente hilariantes e a autora sempre teve um forte sentido de humor que nos cativou desde o inicio da serie. Leiam também e digam o que acharam!

30/07/2015

[Planeta]Opinião "Um Acordo Muito Sedutor",de Maggie Robinson

quinta-feira, julho 30, 2015 0
Titulo: Um Acordo Muito Sedutor   
Autor: Maggie Robinson  


É tudo um jogo até que alguém se apaixona...
A herdeira Louisa Stratton está de regresso a casa em Rosemont de férias, e, a pedido da família, leva o marido, Maximillian Norwich, conhecedor de arte e amante astuto, o homem que lhes descreveu como deslumbrante. Só que há um problema: ele não existe. Louisa precisa de um falso marido para causar uma boa impressão.


Mais uma estreia no mercado literário português e, apesar de não entrar para o meu top tenho de dizer que gostei bastante do livro.
A autora, que possui já um considerável numero de livros no seu currículo, demonstra ter um elevado sentido de humor pela forma como a historia se vai desenvolvendo. Acredito mesmo que apenas não posso dar cinco estrelas a este livro devido apenas à tradução literal de algumas partes que acabou por estragar um pouco a leitura. Apesar disso foi um livro que se leu relativamente bem e com o qual dei bastantes gargalhadas.
Quanto aos personagens posso dizer que Louisa Stratton apresenta-se como uma jovem senhora muito avançada para o seu tempo. Apesar disso posso dizer que me esqueci que o livro se passava no inicio do século XX devido ao ambiente que se encontra descrito em sua casa, em Inglaterra, que mais aparenta saído da Regência. Tirando isso posso dizer-vos que o livro se lê muito bem e que é uma boa escolha para uma tarde de leitura bem passada.
Claro que não posso terminar esta opinião sem falar de Maximillian Norwich e do homem que o interpreta, Charles Cooper. Abençoado homem e a sua paciência! Há personagens que merecem ganhar um prémio pelo papel que desempenham num livro e este é o caso. O prémio de Personagem Paciente do Ano seria ganho por ele com certeza, pois Louisa é capaz de tirar paciência a um santo.
No meio de tanta trapalhada podemos encontrar um romance fantástico, cheio daqueles ingredientes que tanto gostamos neste género de livros. Fico à espera de ler o próximo...
Agradeço à Planeta por apostar em autores ainda desconhecidos no nosso país, pois ainda há muito para descobrir...sejam autores ou géneros literários

23/06/2015

[Quinta Essência]Opinião "O Ano Em Que Nos Amámos Perigosamente",de Julia London

terça-feira, junho 23, 2015 0
Titulo: O Ano Em Que Nos Amámos Perigosamente
Autor: Julia London


Inglaterra, 1808. Quando Declan O'Conner, conde de Donnelly, chega a Hadley Green para conhecer a nova condessa de Ashwood, basta-lhe apenas um olhar para perceber que a bela nobre que o recebe não é quem deveria ser. Para tentar fugir a um casamento indesejável, Keira Hannigan assumiu a identidade da verdadeira condessa, sua prima, em viagem pelo estrangeiro. Intrigado com o segredo que rodeia a mentirosa sedutora, Declan decide não a desmascarar e até concorda em ajudá-la a lançar luz sobre o mistério que envolve as preciosas joias desaparecidas de Ashwood. A situação, no entanto, precipita-se rapidamente quando um chantagista obscuro ameaça revelar o escândalo e o conde percebe que deve proteger Keira a todo custo.


O que dizer deste livro? Tenho de confessar que foram várias as vezes que parei de ler para dar uma grande gargalhada.
Vivido num clima de mistério, este foi um livro que se leu rapidamente e sempre com um toque de romance e humor fantásticos. Desde o início que os dois protagonistas mostraram uma química fantástica e mesmo com a trágica história que os envolvia, havia algo que parecia mantê-los sempre próximos.
Os momentos que se passaram com os protagonistas foram muito engraçados, apesar de muitas vezes ter vontade de lhes dar umas valentes palmadas, não apenas pela forma como se tratavam, mas principalmente pelas vezes que negavam a si próprios os sentimentos que já eram bastante visíveis.
Gostei bastante da história inicial, em que conhecemos Lily, a verdadeira condessa de Ashwood e também a história trágica que envolve a sua família. Ao longo de todo o livro a autora conseguiu manter o mistério de quem teria roubado as joias, fazendo com que o leitor fique preso à leitura e se questione continuamente acerca da verdadeira identidade do ladrão.
Este foi o primeiro livro que li da autora, mas com certeza que desejo ler mais. Tenho a esperança que o segundo livro desta serie seja publicado em breve, pois o final deixou-me ansiosa por ler a continuação…Ousado e divertido, estes são os dois adjetivos que me vêm à cabeça sempre que penso em qualificar este livro. É, sem duvida, uma leitura que não deixará ninguém decepcionada e uma excelente aposta por parte da Quinta Essência. Mais uma vez, espero voltar a ver mais livros desta autora a serem lançados no nosso país, visto tratar-se de livros fantásticos e que não deixam o leitor desiludido pela sua escolha. 

11/03/2013

[Planeta]Opinião "Na Cama dos Reis",de Juliette Benzoni

segunda-feira, março 11, 2013 0

Juliette Benzoni



















Sinopse: Muito já se publicou sobre o casamento. Mas pouco, ou quase nada, sobre os momentos íntimos no segredo das alcovas depois das cerimónias oficiais.
Juliette Benzoni, historiadora e romancista, soube encontrar o fio condutor dos escritos e memórias de várias personagens da História, desde noites de núpcias de deuses, de reis a príncipes. Noites grandiosas de Alexandre, o Grande, noites resignadas de Luís XVI, noites reticentes, noites de lágrimas, estranhas, entusiastas e desesperadas. Noites dramáticas, da tenda de Átila, o Huno ao quarto de Mayerling, terminam em amor ou ódio instilados no sangue.
Este livro conduz-nos por estas noites secretas e nunca reveladas e que, por vezes, mudaram o curso da História.
Noites dos Grandes. Mas talvez também as nossas. Todos podemos reencontrar as nossas experiências e confrontar as nossas decepções e sonhos.


Opinião: Este foi o primeiro livro da autora que li. Quando o iniciei não sabia muito bem o que me iria esperar e tenho de confessar que estou um pouco sem saber como classificar esta obra, pois se por um lado gostei bastante de o ler e o considero extremamente organizado, por outro tinha a ideia de ir encontrar um romance histórico.
Juliette Benzoni, que já lançou uns quantos livros no nosso país, pareceu-me ser uma autora que tem um enorme cuidado com aquilo que escreve. O livro pareceu-me muito bem organizado, cheio de detalhes que não poderiam ser adicionados senão tivesse existido um trabalho de investigação exaustivo e com as mais diversas fontes. Apesar disto, não foi um livro pelo qual me sentisse arrebatada e apesar de toda a sua qualidade a nível histórica, não foi uma leitura fácil, já que a autora me pareceu demasiado distanciada de tudo aquilo que nos ia contando. Acredito que isso aconteça apenas porque a autora optou por escrever de uma forma mais documentada e menos romanceada, contrariando tudo aquilo que tinha lido até à data. O livro acaba por ser uma excelente fonte de conhecimento do que se ia passando na noite de núpcias dos Reis dos mais variados reinos, incluindo no início do livro uma parte destinada aos Deuses.
Gostaria apenas de mencionar o trabalho gráfico realizado com a capa. Achei que esta foi uma das capas mais bonitas que já encontrei no mercado literário português. O detalhe das jóias, vermelho sangue, misturado com a pele conseguiu captar um pouco da inocência com a qual muitas mulheres iam para o leito nupcial. Muitos parabéns ao artista gráfico, que bem merece ser aplaudido. Já agora, parabéns também à Planeta por nos trazer livros excepcionais.

03/01/2013

[Planeta]Opinião "A Sua Última Duquesa",de Gabrielle Kim

quinta-feira, janeiro 03, 2013 0

Gabrielle Kim




















Sinopse: Quando Lucrécia de Médici, de dezasseis anos, casa com o quinto duque de Ferrara, Afonso d’Este, imagina que a vida com o seu vistoso marido será idílica. Mas mal ela sabe que é um homem muito complicado.
O casamento é fértil em dificuldades desde o início e, à medida que o tempo passa, Lucrécia torna-se cada vez mais distante. Para Afonso, a pressão aumenta quando o Vaticano ameaça reclamar o seu título se o casal não conseguir gerar um herdeiro.
Só a amante, Francesca, parece capaz de domar a sua fúria crescente. Mas o ressentimento de Afonso para com a sua duquesa depressa se torna insuportável, e começa a urdir um plano inacreditável para fugir aos seus problemas. Um plano com consequências nefastas que culmina com o desaparecimento até hoje questionado pelos historiadores de Lucrécia de Médici.
Um retrato apaixonado de Lucrécia Médici, bela, livre-pensadora e apaixonada pelas artes.
O percurso da noiva adolescente herdeira de uma das famílias mais ricas e poderosas de Itália até à sua morte, em circunstâncias misteriosas após três anos de casamento.


Opinião: Este é um livro simplesmente surpreendente. Um livro que desde o início me suscitou alguma curiosidade, sendo amante confessa de História muitos são os romances históricos que li e assim que que me foi apresentada a sua sinopse quis lê-lo de imediato. Esta é uma obra que, na minha opinião, se encontra muito bem documentada e que mostra a valiosa pesquisa que a autora fez. 
Apesar de no início me ter parecido que iria ser uma história com muitas descrições e detalhes não muito importantes para a acção, tudo isso se dissipou assim que foi realizado o casamento entre Lucrécia e Afonso. A partir desse momento toda a história deu uma volta de 180º e comecei a ver tudo acontecer a uma velocidade alucinante, algo que me fez crescer a vontade de virar uma nova página e continuar a leitura até ao final do livro, que acabou por ser lido em poucas horas. No final acabamos por aprender uma grande lição histórica acerca de alguns costumes comportamentais usados durante o século dezasseis. Apesar disso, é apresentado também um grande romance proibido que fará o leitor sentir-se deliciado com os obstáculos que irão sendo apresentados.
Ambiente sumptuoso, personagens fortes, acontecimentos marcantes. Estes são os três principais ingredientes que marcam todo este livro fantástico e que fará o leitor desejar ler mais obras desta autora.

27/08/2012

[Asa]Opinião "Um Verão Inesquecível",de Mary Balogh

segunda-feira, agosto 27, 2012 0

Mary Balogh
















Sinopse: Kit Butler é um dos mais afamados solteirões de Londres, casar é a última coisa que lhe passa pela cabeça. Mas a sua família tem outros planos. Para contrariar o casamento que o pai lhe arranjou, Kit precisa de encontrar uma noiva... e depressa. Entra em cena Miss Lauren Edgeworth. Lauren foi abandonada em pleno altar pelo seu noivo, Neville Wyatt. Destroçada, decide que não voltará a passar pelo mesmo: nunca casará. O encontro entre estas duas forças da natureza é tão intenso como uma tempestade de verão... e ambos engendram um plano secreto. Lauren concorda alinhar na farsa em troca de um verão recheado de paixão e aventura. No final, ela romperá o noivado - o que afastará possíveis pretendentes - deixando-os a ambos livres. Tudo corre na perfeição, até que Kit faz o impensável: apaixona-se por Lauren. E um verão já não é suficiente para ele. Mas o tempo não para e Kit sabe que terá de apelar a mais do que as suas vulgares armas de sedução para conseguir convencer Lauren a entregar-lhe o seu coração... na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, para o resto das suas vidas.


Opinião: Terminada a leitura de mais um livro desta maravilhosa autora fico satisfeita por constatar que as minhas primeiras impressões acerca do livro anterior estavam correctas. Não só estes livros cativam pelas suas personagens como também pelo ambiente pitoresco no qual se passa a acção. Este foi um livro que acabou por me surpreender bastante, sem querer entrar em spoilers confesso que anteriormente a personagem Lauren pareceu-me um pouco apagada e quase sem vontade própria. Alguém que se vivia apenas para as aparências e que não se deixava levar pelo prazer de viver a sua própria vida. Talvez essa imagem até era correcta, pelo menos até conhecer o irreverente Kit Butler, que tudo fará para que a fria Miss Edgeworth desabroche e se torne numa mulher doce e com vontade de se aventurar por caminhos desconhecidos. O romance entre os dois é sem dúvida cativante, sem contar também com a forma chocante como as suas personagens tão diferentes acabam por se completar. Claro que, como em todos os livros, há sempre algo ou algum personagem que não gostamos e desta vez foi Freyja Bedwyn que mostrou ser uma menina mimada a quem tinham tirado o seu brinquedo favorito e que só agora parecia querer dar-lhe algum valor. Ao mesmo tempo fico ansiosa para ler o seu livro, pois tenho a esperança de que tal como aconteceu com Lauren, Freyja venha surpreender de forma positiva e justificativa para o seu péssimo génio. Tenho a certeza que toda a saga dos terríveis irmãos Bedwyn irá trazer-nos bons momentos de leitura e até mesmo algumas gargalhadas. Espero sinceramente que a Asa nos traga até nós essa saga, pois acredito que irá fazer um enorme sucesso entre os já amantes destes dois livros lançados no nosso país.
Tirando o meu gosto pessoal pela personagem Freyja, não tenho qualquer ponto negativo a apontar na história, que acabou por ser quase devorada em poucas horas.
Fico então à espera do próximo livro da autora….

25/08/2012

[Asa]Opinião "Uma Noite de Amor",de Mary Balogh

sábado, agosto 25, 2012 0

Mary Balogh




















Sinopse: Numa manhã perfeita de Maio...
Neville Wyatt, conde de Kilbourne, aguarda a sua noiva no altar. Mas, para espanto geral, em vez da bela jovem que todos conhecem aparece uma mendiga andrajosa. Perante a nata da aristocracia, o perplexo conde olha para ela e declara que é Lily, a sua mulher! Ao olhar para aquela que em tempos desposou, que amou e perdeu nos campos de batalha de Portugal, ele compromete-se a honrar o seu compromisso...apesar do abismo que agora os separa.
Até que Lily fala com franqueza...
E afirma querer começar de novo… e que Neville a ame verdadeiramente. Para isso, sabe que terá de estar à altura das expectativas dele, o que a leva a aceitar ser dama de companhia da sua tia e aprender as boas maneiras. A determinada Lily rapidamente conquista a admiração da alta sociedade, demonstrando ser uma condessa à altura do seu conde. Por seu lado, Neville está disposto a tudo para provar à sua formidável mulher que o que sentiu por ela no campo de batalha foi muito mais que desejo, muito mais do que o arrebatamento de… Uma noite de amor.


Opinião: Foram várias as oportunidades que tive para ler este livro e sinceramente não me consigo lembrar de nenhuma das razões pelas quais não o fiz, mas o que se passa neste momento é que estou deveras arrependida de não o ter feito. Primeiro que adorei o livro, achei que a autora tem uma escrita magnífica, simples mas sofisticada, que nos prende logo a partir da primeira página e depois temos o casal protagonista da história. Fiquei cativada pela personagem simples e sonhadora de Lily, que com os seus modos plebeus acaba por cativar toda a alta sociedade a que Neville pertencia. Gostei também de Neville, que apesar de ter consciência de que Lily não pertencia ao seu meio, nunca tentou mudar a sua maneira de ser, apoiando-a a ser ela mesma e a continuar a fazer alguns disparates pelo meio. Acabei apenas por não gostar da forma confusa e culpada que ele se sentia pela situação de Lauren, a sua antiga noiva e também a falta de pesquisa da autora pela história de Portugal. Reparei algumas vezes que podia ter mencionado o nome da aldeia ou cidade onde eles se encontravam, mas apenas dizia que era o Centro de Portugal, mostrando uma falta notória e não enriquecedora para a história. Mas no meio de um livro tão cativante estes pequenos detalhes vão sendo esquecidos à medida que a história avança e a curiosidade começa a ser aguçada por certos detalhes que vão deixando o leitor alerta.
É sem dúvida um romance de época magnífico, com detalhes assustadores acerca das invasões francesas em Portugal e também do sofrimento que muitas mulheres acabaram por passar nas mãos de soldados sem escrúpulos. Espero sinceramente que Mary Balogh tenha chegado ao nosso mercado literário e que tenha sido para ficar, pois acredito que os seus livros sejam tão bons ou ainda melhores que este.
Dou os parabéns à Editora Asa, por ter apostado nesta autora e também pela capa lindíssima com que nos presentearam.

12/07/2012

[Asa]Opinião "O Segredo de Sophia",de Susanna Kearsley

quinta-feira, julho 12, 2012 2

Susanna Kearsley




















Sinopse: Carrie McClelland é uma escritora de sucesso a braços com o pior inimigo de qualquer artista: um bloqueio criativo. Em busca de inspiração, ela decide mudar de cenário e visitar a Escócia, onde se apaixona pelas belas paisagens e pelo Castelo de Slain, um lugar em ruínas que lhe transmite uma inexplicável sensação de pertença e bem-estar. Tudo parece atraí-la para aquele lugar, até mesmo o seu coração, que vacila sempre que encontra Graham Keith, um homem que acaba de conhecer mas lhe é, também, estranhamente familiar. Com o castelo como cenário e uma das suas antepassadas - Sophia - como heroína, Carrie começa o seu novo romance. E rapidamente dá por si a escrever com uma rapidez invulgar e com um imaginário tão intrigante que a leva a perguntar-se se estará a lidar apenas com a sua imaginação. Será a "sua" Sophia tão ficcional como ela pensa? À medida que a sua escrita ganha vida própria, as memórias de Sophia transportam Carrie para as intrigas do século XVIII e para uma incrível história de amor perdida no tempo. Depois de três séculos de esquecimento, o "segredo de Sophia" tem de ser revelado.


Opinião: Mesmo antes de iniciar a leitura deste livro vários foram os avisos que tive para a enorme carga emocional que ele continha, mesmo assim acabei por ser surpreendida de uma forma que não julguei ser possível. Este é sem dúvida uma das histórias mais bonitas e mais bem contadas que já li e que tenham a acção passada na Escócia. Talvez mesmo por tudo se passar nesse maravilhoso país tudo se transforme e mostre em cada detalhe um pouco de magia e mistério. A forma como são feitos os avanços e recuos no tempo, tal como a mistura dos mesmos mostra a mestria e o profissionalismo exímio com que a autora tratou toda a sua obra, não achei que em 512 páginas existisse qualquer erro, tudo me pareceu detalhado, bem descrito e mostrou também uma enorme pesquisa por parte da autora para que o livro se torna-se plausível e até mesmo coerente na medida em que a patologia das recordações transmitidas através do ADN parecessem reais. Com este livro e as suas fortes personagens fui percorrendo cada página, dando algumas gargalhadas no inicio, acabando por deitar algumas lagrimas próximo do final, chegando mesmo a ficar desgostosa pelo fim provável que toda aquela historia parecia que ia levar. Apesar de verificar que ainda faltavam algumas paginas para terminar, nunca pensei que a historia sofresse toda aquela reviravolta e que afinal nem tudo era o que parecia ao inicio. Claro que no meio de alguns acontecimentos reais, este é um livro ficcional em que o autor tem a ultima palavra respeitante ao final, mas a verdade é que me parecia que toda aquela luta, todo aquele sofrimento teria sido em vao e que este seria mais um daqueles livros que terminam com as personagens principais sozinhas e mergulhadas na sua própria tristeza, felizmente isso não aconteceu e sem querer entrar com spoilers apenas posso dizer que o que acontece de seguida me deixou bastante surpreendida. Adorei a historia de Sophia e de John Murray, personagens fortes que pareciam ganhar vida própria e que me transportaram para todo aquele clima de tensão e romance, gostei também da Carrie e dos irmãos Graham e Stuart, que por momentos pensei que iam lutar entre si para conquistar Carrie (felizmente este não é um livro igual a tantos outros e nada disso aconteceu) e gostei ainda de toda aquele explicação para entrelaçar os destinos de todas estas personagens através do tempo.
Termino então este livro com um sentimento de tristeza, pois não queria que terminasse e espero também que a Asa volte a lançar mais livros desta espantosa autora que me deslumbrou e cativou sem qualquer sombra de dúvida. Parabéns Asa por nos trazerem histórias tao bonitas que nos fazem sonhar e transportar para um mundo de sonhos e magia!

05/04/2012

[Asa]Opinião - "O Nascimento de Vénus", de Sarah Dunant

quinta-feira, abril 05, 2012 0
Sarah Dunant



















Sinopse: Alessandra Cecchi tem quase quinze anos quando o pai, um próspero mercador de tecidos, contrata um jovem pintor para pintar um fresco na capela do palazzo da família. Alessandra é uma filha da Renascença, tem uma mente precoce e um temperamento artístico… e rapidamente fica inebriada pelo génio do pintor.
Muitos anos depois, a irmã Lucrezia morre no convento onde passou grande parte da sua vida. Perplexas, as outras freiras observam a estranha serpente tatuada no seu corpo.
É que, antes de entrar para o convento, a irmã Lucrezia era Alessandra. Jovem, bela e inteligente, ela viveu o esplendor e luxo da Florença renascentista, conviveu com os ricos e poderosos, criou, amou, transgrediu... Como foi ela parar àquele convento? O que significa a tatuagem na sua pele? Quais foram afinal as causas da sua morte?
Romance de amor, mistério e arte, O Nascimento de Vénus dá-nos a conhecer um irreverente elenco de mulheres inesquecíveis, que nos abrem as portas da Florença renascentista, um dos mais formidáveis centros de cultura e arte da história da humanidade.


Opinião: Há algum tempo que sentia alguma curiosidade sobre este livro, a certa altura deixei de contar as vezes que peguei nele na livraria, havia sempre uma razão para não o comprar. Que tola fui! Assim que finalmente tive a chance de o ler acabei por devorar cada página com um apetite louco de conhecimento pelo que ia acontecendo. Ao início, perante algumas descrições dei por mim a saltitar entre essas páginas, mas de repente comecei a aperceber-me de tudo aquilo que perdia por o fazer, todo o conhecimento acerca do período renascentista de uma das mais esplendorosas cidades italianas está tão bem retratado que acaba por ser um terrível crime deixar para trás esses conteúdos. No inicio da historia deparamos com a morte de uma misteriosa freira, a irmã Lucrezia e consequentemente com a descoberta da tatuagem que tinha no seu corpo de uma serpente. É assim que a vontade por saber mais começa…quem era a irmã Lucrezia? O que lhe tinha acontecido? Porque estava a viver naquele convento? Todas essas perguntas serão respondidas ao longo das páginas seguintes, iremos conhecer Alessandra Cecchi, uma menina de quinze anos, apaixonada pela arte, mas “presa” numa época em que as mulheres eram mantidas em casa e controladas pelos seus pais ou maridos. Mas para Alessandra foi diferente, toda a sua vida é retratada de uma forma livre devido a vários acontecimentos que vão marcando a sua personalidade. Podemos ver o crescimento desta personagem de menina de quinze anos, doce, inocente e teimosa, para a mulher que teve de crescer depressa para fazer face aos problemas que vivia na sua própria casa. Este livro mostra-nos também os vícios praticados em pleno séc. XV e a forma como a igreja determinava as leis pelas quais a sociedade se regia. Apesar da parte ficcional da obra, podemos aprender bastante acerca deste mesmo período, em como a arte era importante para muitas pessoas e como marcava as suas vidas. Tudo era vivido de forma efémera, mas intensa. Podemos ver a miséria pela qual a maioria das pessoas passava e também o fausto no qual muitos também viviam. Era uma sociedade marcada de aparências, com muitos segredos mantidos entre quatro paredes.
Este livro faz parte de uma trilogia sobre o período Renascentista, este é o segundo volume. Confesso que não li o primeiro, “Corações Sagrados”, mas fiquei curiosa acerca da história que tem para nos contar, sobre o terceiro e ultimo volume espero que também seja publicado em breve.

01/04/2012

[Porto Editora]Opinião - "Desejo Subtil", de Lisa Kleypas

domingo, abril 01, 2012 0

Lisa Kleypas



















Sinopse: Quatro jovens da sociedade elegante de Londres partilham um objetivo comum: usar os seus encantos femininos para arranjarem marido. E assim nasce um ousado esquema de sedução e conquista.
A delicada aristocrata Annabelle Peyton, determinada a salvar a família da desgraça, decide usar a sua beleza e inteligência para seduzir um nobre endinheirado. Mas o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle - o plebeu arrogante e ambicioso Simon Hunt - deixa bem claro que tenciona arruinar-lhe os planos, iniciando-a nos mais escandalosos prazeres da carne.
Annabelle está decidida a resistir, mas a tarefa parece impossível perante uma sedução tão implacável... e o desejo descontrolado que desde logo a incendeia.
Por fim, numa noite escaldante de verão, Annabelle sucumbe aos beijos tentadores de Simon, descobrindo que, afinal, o amor é o jogo mais perigoso de todos.


Opinião: Ultimamente, algo tem acontecido no nosso mercado literário. Tem havido uma grande aposta por parte das editoras em revelar no nosso país novos nomes conhecidos internacionalmente, o que para muitos de nós, leitores, tem sido sinonimo de grandes alegrias. Desta vez foi a Porto Editora a iniciar uma nova chancela de nome 5 Sentidos e, com ela veio também o primeiro livro de uma serie de Lisa Kleypas. Esta autora já escreveu 21 romances, que foram já traduzidos em 12 línguas. Os seus romances figuram constantemente na lista de bestsellers do NYTimes e da Publishers Weekly e ao ler este livro pude entender a razão disso mesmo acontecer.
Este livro traz-nos a história de Annabelle Peyton, uma aristocrata de beleza estonteante que apenas ainda se encontra solteira devido à condição monetária da sua família e de Simon Hunt, filho de um açougueiro, que apesar de ser milionário que é de todo considerado um bom partido para uma menina de boas famílias. É no inicio da leitura que podemos encontrar Annabelle num baile acompanhada de outras três jovens que pelos mais variados motivos também estão na posição de “encalhadas”, encontram-se sozinhas enquanto observam outras raparigas da mesma idade a dançar com os melhores partidos da sala. É então que, cansadas daquela posição fazem um pacto para mudarem aquela situação e juntas começam à procura do melhor marido para cada uma. A primeira será Annabelle, pois era a mais velha das quatro, mas não será um trabalho fácil, pois a rapariga encontrasse na mira de Simon, que não descansará até que ela seja sua. É uma leitura divertida e viciante, que nos faz desejar  virar a pagina o mais rapidamente possível para saber o que virá a seguir. Achei toda a historia divertida e também romântica, apesar de no inicio achar que Annabelle não passava de uma miúda birrenta e convencida que apenas queria um nobre para seu esposo, mas ao longo da trama fui desculpando a sua atitude pois naquele tempo era assim que todas as meninas daquelas famílias eram educadas, eram mentalizadas desde berço que não se poderiam misturar com a plebe. O próximo livro da serie já tem nome, “Sedução Intensa” conta a historia de Lillian Bowman, a segunda “encalhada” que irá procurar o seu marido ideal…espero ansiosa pelo seu lançamento!

27/03/2012

[Asa]Opinião - "Crónica de Paixões e Caprichos",de Julia Quinn

terça-feira, março 27, 2012 0

Julia Quinn



















Sinopse: As mães casamenteiras da alta sociedade londrina estão ao rubro: Simon Bassett, o atraente (e solteiro!) duque de Hastings, está de volta a Inglaterra. O jovem aristocrata mal sabe o que o espera pois a perseguição das enérgicas senhoras é implacável. Mas Simon não pretende abdicar da sua liberdade tão cedo…
Igualmente atormentada pela pressão social, a adorável Daphne Bridgerton sonha ainda com um casamento de amor, embora a sua espera por um príncipe encantado comece já a ser alvo de mexericos. Juntos, os jovens decidem fingir um noivado, o que garantirá paz e sossego a Simon e fará de Daphne a mais cobiçada jovem da temporada.
Mas, entre salões de baile e passeios ao luar, a paixão entre ambos rapidamente deixa de ser ficção para se tornar bem real. E embora Daphne comece a pensar em alterar ligeiramente os seus planos iniciais, Simon debate-se com um segredo que pode ser fatal…


Opinião: Entre um clima deliciosamente divertido e romântico Julia Quinn dá-nos a conhecer o primeiro volume da Serie Bridgeton. Não sei definir o que esperava, mas fiquei completamente estupefacta perante toda a história. Não só nos coloca dentro do ambiente de uma faustosa Londres do sec. XIX, como também nos faz dar gargalhadas a cada página. Apesar da linha de história ser tão semelhante às que estamos habituados a ler, temos o descortinar de mentalidades um pouco avançadas para a época e o seu humor deixa qualquer pessoa ansiosa por virar a página. Esta serie é constituída por oito volumes que espero que sejam muito semelhantes a este primeiro. Em relação as personagens adorei as picardias entre os irmãos e apaixonei-me pelo Simon, o duque que tanto tinha para dar, mas que se via acorrentado às lembranças do passado. Sem contar com Violet, a mãe de Daphne, que à sua maneira vai impondo a sua vontade aos filhos sem que eles se apercebam. Em relação a Daphne, tal como mencionei anteriormente a sua mentalidade está um pouco avançada para a época, a própria personagem dá a justificação de ter três irmãos mais velhos e que tinha aprendido com eles, mas a verdade é que se trata de uma jovem sensível e ingénua que assim que percebe que está apaixonada tudo fará para ter o seu amor junto a si. Achei imensa piada à conversa que Violet teve com a filha a respeito da noite de núpcias, é incrível com todas as jovens chegavam ao seu leito nupcial sem saber o que lhes iria acontecer a seguir. Era uma época negra para muitas jovens, que se viam casadas com pessoas mais velhas ou até mais novas sem amor, sem qualquer tipo de atracção entre si e depois viviam constantemente a ser violadas pelos próprios maridos e a gerar os seus filhos, filhos esses que acabam por ser a salvação perante uma loucura iminente. Mas estou a fugir ao assunto, devo também referir Lady Whistedown, uma personagem que vive nas sombras e que ninguém sabe quem é, a única informação que temos é que se trata de alguém da alta sociedade, pois terá acesso a todos os bailes e festas organizadas pela nata sociedade londrina, Ela é a autora de uma publicação sobre escândalos que aterroriza todas as moças de boas famílias que sejam apanhadas a cometer algum erro.
Em relação à história, se querem passar um óptimo serão na companhia de um livro aproveitem esta maravilhosa obra. Espero que a editora publica o próximo volume em breve, esperarei ansiosa.

15/02/2012

[Quinta Essência]Opinião - "O Sabor da Tentação",de Elizabeth Hoyt

quarta-feira, fevereiro 15, 2012 2

Elizabeth Hoyt


















Sinopse: Lady Emeline Gordon é um modelo de sofisticação nos círculos sociais da elite londrina, sempre elegante e impecavelmente educada. Como tal, é a companhia perfeita para Rebecca, a jovem irmã de um empresário bem sucedido de Boston, que fora soldado nas Colónias.
Samuel Hartley pode ser rico, mas as suas maneiras são tão pouco civilizadas como as regiões inexploradas da América nas quais foi criado. Quem vai de mocassins a um baile distinto? O seu desdém arrogante em relação a decoro enfurece Emeline, embora a sua ousadia a excite.
Mas sob os modos desenvoltos de Samuel, ele é assombrado pela tragédia. Foi a Londres para ajustar contas, não para se apaixonar. Mas por muito que Emeline deseje sentir as mãos deste homem despudorado sobre ela, saborear aqueles mesmos lábios com que ele a arrelia, tem se dominar. Ela não é livre. Mas algumas coisas estão fora do controlo de uma senhora…


Opinião: Desde o momento em que li a sinopse deste livro que fiquei curiosa acerca da sua historia e devo confessar que fiquei muito contente por me aperceber que estava certa em relação aos meus pensamentos. A forma como Elizabeth Hoyt combina toda a formalidade da sociedade Londrina durante o séc. XVIII com um ambiente de sedução completamente delicioso deixou-me rendida à sua escrita. Sem contar, claro, com a fábula do “Coração de Ferro”, que apenas vem completar toda a história.
Este é um fantástico romance que nos introduz na saga “A Lenda dos Quatro Soldados” e que acredito que deixará os seus leitores rendidos às suas palavras. Este primeiro volume fala-nos de Samuel Hartley, um colono do novo mundo e antigo soldado que ainda vive com o pesadelo da guerra que matou todos os seus amigos e camaradas. Vive também com o objectivo de descobrir quem foi o traidor que entregou todo o seu regimento aos Índios, que os chacinaram numa terrível emboscada. Foram poucos os que sobreviveram, uns por cobardia, outros pela coragem e força de viver.
Um dos que não conseguiu sobreviver foi o comandante Reynaud St. Aubyn, irmão da protagonista desta história, Lady Emeline Gordon. Samuel era tudo o que a sociedade onde Emeline pertencia abominava, apesar de rico, bem-sucedido e charmoso, não tinha quaisquer maneiras, era rude e as suas origens eram simples, sem qualquer ascendente nobre. Apesar das diferenças que havia entre eles, a atracção que houve desde o primeiro momento foi mais forte e Emeline, que sempre se comportou como uma senhora viu-se num caminho de sensações perigosas que poderiam destruir a sua prezada reputação.
É no meio de todo este clima se sedução que vemos a acção progredir através de personagens como o Lorde Vale, noivo de Emeline,o seu filho Daniel, a sua melhor amiga Melisande, tante Cristelle e Rebecca, irmã de Samuel. Gostei bastante de conhecer mais um pouco das regras de etiqueta que se praticavam, mas tive pena de não podermos saber mais um pouco acerca dos sentimentos que envolviam Rebecca e o jovem criado Gil O’Hare. Por ultimo, apenas quero acrescentar que irei aguardar ansiosa pelo próximo livro desta saga e também dar os parabéns à editora Quinta Essência, pela maravilhosa capa deste livro. Os livros não devem ser julgados pelas suas capas, mas infelizmente a primeira coisa que nos cativa é a capa.

@Way2themes

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