O
Fabricante de Bonecas de Cracóvia, de R.M. Romero
PVP: 15,90
€
Nº de
Páginas: 288
Há
guerra. Há dor. Mas há magia e há esperança.
Cracóvia,
Polónia, 1939. Por magia, uma boneca chamada Karolina adquire vida numa loja de
brinquedos e torna-se amiga do amável e discreto fabricante de bonecas, que é
também o proprietário da loja.
Quando
a ocupação nazi se abate sobre a cidade, Karolina e o Fabricante de Bonecas têm
de recorrer à magia para salvar, custe o que custar, os seus amigos judeus dos
perigos iminentes que pairam sobre eles.
Reunindo
uma atmosfera de magia, história, tradições e cultura local, O Fabricante de
Bonecas de Cracóvia fala-nos sobre como encontrar esperança e amizade nos
lugares mais tenebrosos. Na linha de A Rapariga que Roubava Livros e O Rapaz do
Pijama às Riscas, esta impressionante narrativa demonstra maravilhosamente o
poder do amor e do instinto de sobrevivência.
Acabou
a época festiva e por isso é tempo de publicar novidades e opiniões e por isso
começo com a minha mais recente leitura.
Ler o “O
Fabricante de Bonecas da Cracóvia” fez-me fazer uma viagem até à minha infância,
da mesma maneira que também me fez recordar um pouco da razão de gostar tanto
de ler. Começar um livro com um “Era uma vez…” num mundo mágico onde bonecos
têm vida, que voltam ao mundo humano e falam com o seu construtor faz-me
recordar o Pinóquio e também a Polegarzinha, filmes imortalizados pela Disney e
que tanto me fizeram sonhar durante a infância. É verdade que este livro não
pertence ao grupo de leitura onde me tenho envolvido recentemente, mas a
mudança foi tão doce que fiquei rendida a toda a trama.
Desde
o inicio ao fim, ao virar de cada página, sente-se a vontade de continuar a ler
um pouco mais e a conhecer mais um pouco da história que se desenrola numa
época de confrontos, de fatalidades que deixaram marcas na historia não apenas
de um país, mas do mundo. A forma como o autor vai contando a sua historia vai
dando a conhecer também um pouco da realidade vivida não apenas por judeus, mas
também por aqueles que lhes eram próximos. É triste constatar o quanto essas
pessoas sofreram e perceber que, apesar da 2ª Guerra Mundial ter terminado à
tanto tempo, os grandes lideres mundiais continuam a cometer erros, muitos vezes
devido à sua próprio arrogância.
As personagens
encontram-se bastante bem construídas e ao longo de toda a trama dei por mim a
esquecer que Karolina era simplesmente uma boneca. Gostei bastante do tom que a
autora utilizou na forma como utilizou a personificação desta, dando-lhe uma
alma e uma humanidade que muitas vezes conseguimos realmente ver numa pessoa.
Estarei a exagerar? Talvez, mas foi o que senti no momento em que li o livro e
espero que também vocês sintam a mesma magia.
Em
relação ao livro, gostaria de dar os parabéns à Editorial Presença, não apenas
pela sua publicação, mas também pelo cuidado na impressão deste livro. Vou
deixar-vos aqui algumas fotos para que possam perceber o que quero dizer.
Obrigada Editorial Presença.
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