20/05/2015

[Marcador]Novidade "Arquipélago",de Joel Neto

Título: Arquipélago
Autor: Joel Neto
Editora: Marcador
Nº de Páginas: 460
PVP: 18,95€
À Venda A Partir De 20 De Maio


No último paraíso do Planeta, a meio caminho entre o Velho e o Novo Mundo, as ventanias preparam a sua ofensiva. Ardem vulcões e terramotos, e é contra a morte que o povo dos Açores festeja, eufórico, como se em todo o caso o fim estivesse próximo. De regresso às ilhas após trinta e cinco anos de ausência, José Artur Drumonde colecciona afectos e perplexidades.
Há Elias Mão-de-Ferro, um velho endurecido pela vida no mato e pela culpa. Há Maria Rosa, uma pequena maria-rapaz, loira como só aos oito anos, conhecedora das raças de vaca e da natureza humana. Há Cabrinha, taberneiro e manipulador da consciência coletiva; há La Salete, a sua filha cozinheira e sábia; há Luísa Bretão, mulher de beleza e silêncios, a quem o regressado demorará tempo de mais a declarar-se.
A sua viagem não é a de um vencedor. Com a carreira na universidade onde ensina em risco, José Artur voltou em busca de vestígios da Atlântida, a utopia há tanto procurada por arqueólogos e historiadores, e provavelmente também da memória de José Guilherme, o avô de cuja vida de adulto a sua própria existência fora, décadas antes, uma reprodução em ponto pequeno.
A terra não treme sob os seus pés: nem o maior o terramoto o seu corpo será capaz detectar, no que constituirá o mais evidente sinal da incompletude da sua pessoa. Na autenticidade da vida do campo, na repetição dos gestos dos seus antepassados – aí se encontrará, talvez, a redenção.
Mas as entranhas da velha casa familiar escondem um segredo: os ossos de Elisabete, a criança desprovida de um braço e dotada de força sobre-humana cujo desaparecimento, quase quarenta anos antes, coincidira com o fim da sua própria infância.


JOEL NETO passou 20 anos em Lisboa e vive agora no lugar dos Dois Caminhos, na ilha Terceira, onde tem um cão, um jardim de azáleas e uma horta. Nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974, e editou, entre outros, «Os Sítios Sem Resposta» (romance), «O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas» (contos) e «Banda Sonora Para um Regresso a Casa» (crónicas). É autor de várias colunas dispersas pela imprensa nacional, nomeadamente a série de relatos «A Vida no Campo», publicada de segunda a sexta-feira no Diário de Notícias.

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