Título:
No Harém do Kadhafi
Autores:
Annick Cojean
Tradução:
Carlos Sousa de Almeida
Págs.:
224
Capa:
mole com badanas
PVP:
15,50 €
O
relato, na primeira pessoa, de uma prisioneira do ex-líder árabe
No
dia 7 de fevereiro, sob a chancela Albatroz, é publicado No Harém de Kadhafi,
um livro que relata na primeira pessoa a história de uma das escravas sexuais
de Muammar Kadhafi, escrito pela mão da grande repórter do Le Monde Annick
Cojean.
Surpreendente
e inquietante, este é um testemunho atual de Soraya, uma rapariga capturada aos
15 anos pelo então Chefe de Estado da Líbia. Neste livro, ela revela os crimes
que viveu e testemunhou até conseguir fugir do quartel-general de Bab
Al-Azizia.
Annick
Cojean conheceu Soraya logo após a morte de Kadhafi, em Trípoli, e foi ela a
confidente de uma história e de um tempo sobre os quais a Líbia ainda não quer
falar.
Soraya
tem apenas 15 anos quando, certa manhã, recebe a notícia da visita do líder da
Líbia, Muammar Kadhafi, à sua escola. Como praticamente todos os jovens líbios,
também ela cresceu no culto da veneração ao Guia, encarado como um deus,
vivendo «num olimpo inatingível». Quando é apresentada ao Coronel, este pousa
uma mão sobre a sua cabeça e acaricia-lhe os cabelos. A vida de Soraya, a sua
infância e todas as esperanças de futuro terminam nesse exato momento, pois com
esse gesto o Guia acabou de indicar às suas guardas que Soraya passará a ser
sua escrava sexual. Nos anos seguintes, Soraya é torturada, violada, espancada,
obrigada a consumir álcool e drogas. Tenta por várias vezes escapar, e consegue
mesmo fugir do país, mas o regime de terror em que vive torna-a frágil, incapaz
de interagir com os outros de forma saudável. Nem sequer a morte e o
desaparecimento dos seus algozes vem apaziguar o medo, a vergonha, a revolta. A
jornalista Annick Cojean foi a fiel depositária desta e de outras histórias,
conduzindo uma investigação que traz a lume a utilização das mulheres
líbias como armas de guerra no seio de uma sociedade corrompida, cuja população
é, ainda hoje, simultaneamente vítima e cúmplice da uma política de silêncio
que urge romper, para que se faça finalmente justiça.
Grande
repórter do jornal Le Monde, presidente do júri do Prémio Albert Londres, que
obteve em 1996, Annick Cojean é uma das jornalistas de maior renome da imprensa
francesa. É autora de vários livros, entre os quais se destacam FM, la folle
histoire des radios libres, escrito em coautoria com Frank Eskenazi, e Retour
sur images.
Este
não é um livro, é uma bomba.
Salon
Littéraire
Raptos,
violações, humilhação. Este foi o destino de inúmeras mulheres, mantidas à
mercê do coronel Kadhafi. Neste livro chocante, Annick Cojean dá voz a essas
mulheres [...]
Elle
(França)
É
difícil não nos comovermos perante o relato da crueldade que um só homem
conseguiu infligir a tantos. [Mas a] persistência [de Annick Cojean] e a
coragem de Soraya foram recompensadas. O facto de o livro de Cojean ter sido traduzido
para árabe e estar agora disponível na Líbia oferece um pequeno raio de
esperança para o futuro.
Independent
No
sentido oposto da imagem de um Kadhafi “sufragista”, [este livro] revela a
exploração sexual [de que foi alvo] um país inteiro.
Le
Point
No
Harém de Kadhafi é ao mesmo tempo comovente, aterrorizador e inquietante.
24
Heures
Eu quero!
ResponderEliminarleiturasfabulosas.blogspot.pt