09/10/2013

[SDE]Opinião "Submissa",de Shayla Black

Titulo: Submissa
Autor: Shayla Black


Kimber Edgington é uma virgem de vinte e três anos que está apaixonada, desde a adolescência, pela estrela de rock Jesse Mcall. Kimber sabe que estão destinados um para o outro e sonha com um casamento, mas a fama e viagens de Jesse tornaram-no uma celebridade conhecida por todo o tipo de aventuras sexuais.
Determinada a provar que é uma mulher à altura para Jesse, Kimber recorre à ajuda do guarda-costas Deke Thornton, um amigo de longa data, e implora-lhe que a inicie no mundo do prazer. Embora Deke a avise de que está a brincar com o fogo, aceita, não querendo que a beleza inocente da jovem seja manchada por outros. É então que Deke e o seu amigo Luc dão a conhecer a Kimber as delícias do êxtase. O que Kimber ainda não sabe é que talvez não seja Jesse o homem certo para realizar os seus sonhos, afinal, é Deke quem invade as suas fantasias…


Terminei a leitura do livro anterior com uma curiosidade imensa. Apesar do tema, que já começa a ficar um pouco "gasto", não há duvida que algumas autoras ainda nos conseguem surpreender e Shayla Black encontra-se entre elas.
O início deste livro foi um pouco diferente do anterior. Enquanto que, em “Jogos Perversos” tinha-mos aquela aura de mistério, neste tudo é diferente devido à existência da protagonista virgem que anseia por ser iniciada num mundo completamente desconhecido: os ménages. Apesar das preferências sexuais das personagens, achei que tudo foi novamente abordado de uma forma muito natural, fazendo com que o leitor não se sentisse incomodado com as cenas que iam aparecendo. A única coisa que acabou por me entristecer acabou foi a linguagem por vezes demasiado crua, que acabou por “sujar” a história. Isto faz-me pensar no livro original e fiquei com vontade de o ler, para verificar se a autora também utiliza aqueles termos. É verdade que logo ao início se justifica o uso dessas palavras, mas com o desenrolar da trama, achei que poderiam ter sido um pouco suavizadas. De qualquer forma, foi um romance bem conseguido, em que a autora não apresentou um amor que apareceu de repente, mas que foi crescendo aos poucos. E, mesmo com a ideia de que partilhar a pessoa que amamos com outra ser um pouco extrema. isso acabou por não afectar o juízo que fiz do livro.
Gostei principalmente do encontro de Kimber com Morgan (protagonista do livro “Jogos Perversos”), e depois de descobrir que Deke tinha estado envolvido num ménage com Morgan e o marido, faz um comentário que me fez soltar uma gargalhada: "Mesmo que não soubesse que o seu homem e a ruiva tinham brincado as escondidas com o salame dele, ressentir-se-ia de Morgan". Salame? A sério? A forma como o texto está escrito torna a cena hilariante, o que talvez não o pareça só com esta frase. Este é apenas um exemplo do humor existente no livro, apesar do tema sério que é focado a autora recorre várias vezes ao humor para manter o ambiente um pouco mais leve. Esta fase da história acaba por ser muito semelhante com o livro anterior, em que Kimber tem que ficar isolada na cabana do marido de Morgan, para se esconder se um possível assassino. Apesar disso, o desenvolvimento da história acabou por ser muito diferente e os acontecimentos justificaram a ida das personagens para a cabana. Gostei também do terceiro elemento do ménage. Luc era uma pessoa muito doce e que ao início me cativou mais do que Deke, mesmo assim foi bom compreender as razões pelas quais ele se tinha envolvido naquele tipo de relações. Fiquei também satisfeita por saber que o próximo livro é focado na sua relação com Alyssa Devereaux. Estas duas personagens deixaram-me muito curiosa e acredito que terão uma história estonteante para nos contar.
Este foi um livro que, apesar das suas falhas, me cativou e que foi lido rapidamente, devido à curiosidade que foi suscitando ao longo das suas páginas. Shayla Black mantém-se no meu TOP e continuo com a mesma vontade de ler esta saga. Adoro-a!

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