Titulo:
Divina Por Engano
Autor:
P.C. Cast
Shannon
Parker é uma professora de Inglês a aproveitar umas muito merecidas férias de
verão. Ao fazer compras, encontra um antigo vaso com a figura de uma deusa
celta muito parecida consigo. Shannon compra o vaso, mas nem sonha na aventura
em que se irá meter.
Sem
saber como, vê-se, de súbito, transportada para Partholon, onde assume o papel
de Rhiannon, a Sumo-Sacerdotisa de Eponina. E apesar de todas as regalias e do
tratamento de luxo - qual a mulher que não gosta de receber uns mimos? - ser
deusa envolve um casamento ritual com um centauro e lutar contra os fomorianos,
criaturas maléficas que tudo farão para travar o regresso da verdadeira deusa.
Conseguirá
Shannon livrar-se deste sarilho e arranjar alguma forma de regressar a casa sem
acabar morta, casada com um cavalo ou enlouquecida? É que ser divina, afinal, não
é um mar de rosas!
P.C. Cast tornou-se conhecida em Portugal através da saga “A Casa da Noite”. Uma
saga mais virada para o fantástico, com um toque juvenil, mas mesmo assim imperdível
de uma forma muito especial. Sou fã dessa saga e tento ler todos os livros (apesar
de ainda estar um bocadinho atrasada na leitura). Talvez por isso e pela
mudança de tema, estava bastante curiosa acerca deste novo livro.
“Divina
por Engano” tem tudo para ser um excelente livro. Com uma sinopse incrível,
personagens que à primeira vista parecem perfeitos e um tema pelo qual sou
completamente viciada. Adoro ler tudo o que tem a ver com mitologia e se a isso
for adicionado um pouco de romance com viagens no tempo, aí sim, tenho obrigatoriamente
que ler. Infelizmente, acabei um pouco desapontada com este livro, porque
apesar de ter uma boa historia, a protagonista acaba por estragar tudo o resto.
Ainda não consigo acreditar que uma autora como P.C. Cast tenha criado uma
personagem de 35 anos que mais aparente ter 16 ou 17 e melhor, é professora.
Para além da linguagem que usa, as suas acções são impulsivas e apesar de estar
num mundo completamente desconhecido para ela, parece habituar-se
instantaneamente à ideia de que estará presa ali para todo o sempre. No meio de
toda aquela loucura, ClanFintan é a personagem que me parece mais estável e que
me fez levar a leitura do livro até ao fim. Devo
também mencionar que grande parte da infantilidade de Shannon se deve também à
tradução. A certo ponto fiquei curiosa com alguns termos e acabei a comparar
com o original e foi surpreendente observar como uma tradução mal feita acaba
com uma boa história. É verdade que o livro não é perfeito, tem imensas falhas, mas
a tradução piorou ainda mais aquilo que na realidade se poderia tornar um livro apetecível e até mesmo fonte de algumas horas de boa leitura.
Tenho
muita pena de fazer este comentário tão negativo acerca do livro, porque
tirando estes detalhes é uma história muito bem conseguida e até com algumas
partes muito boas que nos fazem pensar “É agora, finalmente isto vai melhorar!”,
mas então tudo volta ao mesmo e a desilusão torna-se ainda maior. Esperava
mais, muito mais…
Mesmo você fazendo comentários negativos, acho que arriscaria a leitura. Já reparei a influência celta na capa, quando vi os laços celtas. Nas lendas celtas os Fomorianos sempre aparecem para reafirmar seu domínio pela Irlanda, expulsando os invasores. Gostaria de ver a visão da autora desses demônios. Leria só pelo ambiente e a influência das lendas.
ResponderEliminarBeijos, Bell.
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