Titulo:
Caderno de Significados
Autor:
Agustina Bessa-Luís
N. Páginas:
104
PVP:
12.50€
Selecção,
organização e fixação de texto por Alberto Luís e Lourença Baldaque
«Os
papéis dispersos de um escritor exprimem subitamente as pequenas dimensões da
vida criadora; e, ao serem recolhidos em volume, permitem uma breve leitura que
dura o tempo inteiro de uma obra. Os escritos aqui reunidos, muitos sem data,
encontram-se em folhas soltas, em cadernos de notas, em espaços brancos de
impressos, em margens de livros, dispersos em pastas de congressos, em gavetas
de móveis. Tal como se disse dos papéis de Proust (Essais et Articles), os de
Agustina provam que "nunca deixou de escrever, nunca deixou de
experimentar, de inventar, de procurar, de encontrar". Sempre escreveu
mesmo em férias, em viagem, durante debates – sempre em busca de atingir o
mistério das coisas.» Alberto Luís in prefácio
A
Guimarães Editores edita as obras de Agustina Bessa-Luís desde 1954, sendo este
um caso raro de constante fidelidade entre uma editora e um autor no panorama
editorial português.
Em
2008 foi iniciada a publicação da Opera Omnia, uma nova colecção de bom aparato
gráfico, com capa dura e sobrecapa e uma cuidadosa revisão textual, da qual já
estão publicados 10 títulos. Continuando a publicação da Opera Omnia surgirá,
em simultâneo, uma colecção exclusivamente dedicada às obras de Agustina. Terá
o título genérico de Contemplações e publicará essencialmente pequenos textos,
sobretudo (mas não exclusivamente) de natureza ensaística. O primeiro livro,
«Kafkiana», e é um conjunto de 4 ensaios sobre Kafka; o segundo título,
«Cividade», é um conto inédito da autora. «Caderno de Significados», agora
editado, é o terceiro título da colecção.
Agustina
Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922. Filha de um
empresário de cinemas e casinos, cedo se deixou viciar pelo romance, iluminada
roleta dos comportamentos humanos. Foi com o profético título «A Sibila» que
publicou em 1954 que veio a ser reconhecida ao público em geral ao receber o
Prémio Delfim Guimarães e o Prémio Eça de Queiroz. Vários dos seus romances
foram adaptados ao cinema por Manoel de Oliveira. Foi, durante a sua vida,
homenageada em múltiplos países e universidades, condecorada por Portugal e
pela França e traduzida em várias línguas. Já foi distinguida por todos os
prémios nacionais de literatura e vários internacionais. Recebeu o Prémio
Camões em 2004.
Titulo:
Arte em Moçambique - Entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras
1932-2004
Autor:
Alda Costa
N. Páginas:
432
PVP:
17.50€
A
autora traça uma panorâmica da situação e dos desenvolvimentos formais e
conceptuais das artes visuais em Moçambique com enfoque para as práticas
artísticas da modernidade. A partir de uma estratégia de pesquisa abrangente,
realizada no país e em Portugal, constrói uma narrativa visando apreender
diferentes vozes, visões e perspectivas de uma realidade complexa onde se
cruzam diversas tradições e contextos culturais. Moçambique e, em particular, a
sua capital, Maputo, são palco de uma razoável movimentação artística. Em
Maputo vivem e trabalham artistas de várias gerações reflectindo diferentes
caminhos e experiências artísticas, artistas mais ou menos envolvidos nos
acontecimentos e mudanças que o País vive(u), artistas oriundos do campo e da
cidade, de várias partes do território nacional, artistas com e sem educação
formal, com experiências diversas de formação e de contacto internacional,
artistas trabalhando em diversos materiais, utilizando diferentes técnicas ou
explorando novos campos de criação.
O
livro estrutura-se em três partes: a primeira aborda a história do Museu
Nacional de Arte e a preparação da exposição de abertura ao público; a segunda
parte organiza-se em torno da história das relações artísticas que se estabeleceram
em Moçambique com a mediação do colonialismo; a terceira parte dá conta das
profundas transformações que se seguiram à conquista da independência em 1975,
seus efeitos na produção artística dessa época, as mudanças ocorridas num
contexto de uma nova guerra e de outras opções políticas, e as repercussões na
situação artística actual. Contém 68 páginas de extratextos a cores com imagens
relativas a trabalhos de diversos artistas, catálogos de exposições e recortes
de imprensa.
Alda Costa é museóloga e historiadora de arte
moçambicana. Nasceu em Pemba, em 1953. A sua formação académica foi feita em
História, na Universidade de Lourenço Marques (1974) e na Universidade de
Lisboa (1976), tendo-se especializado em Museologia e em História da Arte, área
em que se doutorou (2005) na Universidade de Lisboa. A sua experiência
profissional, iniciada em 1977, inclui o ensino, a planificação curricular, a
programação de museus, a investigação e a gestão cultural. É actualmente
Directora de Cultura da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo. Entre as suas
publicações contam-se manuais didácticos sobre história e ensino de história e
dezenas de artigos em publicações especializadas nas áreas de museus,
museografia/museologia, património cultural e arte.
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