Título:
O Regresso dos Deuses e outros escritos de António Mora
Autor:
Fernando Pessoa
Edição:
Manuela Parreira da Silva
N.º
de Páginas: 328
PVP:
17,70 €
Coleção:
Obras de Fernando Pessoa
A
Filosofia e o neo-paganismo em Fernando Pessoa
No
próximo dia 25 de outubro chega às livrarias o livro O Regresso dos Deuses e
outros escritos de António Mora, de Fernando Pessoa. Com um rigoroso trabalho
de edição a cargo de Manuela Parreira da Silva, este livro marca a continuação
e prova a vitalidade da emblemática coleção Obras de Fernando Pessoa, da
Assírio & Alvim.
Definido
como «A new type of mind, unknown to our roads of intellect», António Mora é,
provavelmente, entre os múltiplos autores fictícios pessoanos, aquele que mais
se terá aproximado do estatuto de heterónimo. Ele faz parte, com Álvaro de
Campos, Ricardo Reis e o próprio Fernando Pessoa ortónimo, do conjunto dos
designados discípulos do Mestre, Alberto Caeiro. Mora é um pensador, isto é,
foi concebido para dar expressão à vocação filosofante de Fernando Pessoa. Ao
contrário, porém, do seu criador, que se diz «poeta animado pela filosofia»,
ele é antes «um filósofo animado pela poesia». Inspirado pelos poemas e pela
sensibilidade pagã de Alberto Caeiro (mas também de Ricardo Reis), comenta-os
com o à-vontade de um crítico literário. E «atreve-se» mesmo a «poetar».
A
presente edição tem como objetivo trazer mais um contributo para a compreensão
deste autor fictício pessoano, abrindo as portas a uma nova leitura de uma
parte importante, e surpreendente, da obra de Fernando Pessoa.
Título:
Novela de Xadrez
Autor:
Stefan Zweig
Tradução
do alemão, apresentação e notas: Álvaro Gonçalves
N.º
de Páginas: 96
PVP:
11,00 €
Coleção:
Imaginário
A
Assírio & Alvim publica o livro Novela de Xadrez, de Stefan Zweig, já nas livrarias.
Terminada pouco antes do suicídio do autor, esta novela é o seu derradeiro
testamento literário, e o único livro onde Stefan Zweig aborda o tema do regime
nazi.
Nesta
história, os passageiros de um navio que parte de Nova Iorque com destino a
Buenos Aires descobrem que a bordo segue com eles o campeão do mundo de xadrez,
um homem arrogante e pouco amigável. Rapidamente se forma um grupo que procura
testar os seus conhecimentos de xadrez jogando com o campeão, apenas para
conhecer uma clamorosa derrota. É então que um misterioso passageiro avança para
os aconselhar, e o rumo dos acontecimentos se altera. Nesta magnífica novela
psicológica, o autor oscila, com inigualável mestria, entre um enorme suspense
e uma reflexão pungente sobre o nazismo.
Austríaco
de ascendência judaica, Stefan Zweig nasceu em 1881 e é um dos mais importantes autores
europeus da primeira metade do século XX. Dedicou-se a quase todas as actividades
literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e
biógrafo. A crescente influência do nacional-socialismo na Áustria e a instauração
do chamado «austrofascismo», regime fundado pelo Chanceler Engelbert Dolfuss e
que se baseava na ideologia fascista de Mussolini, levam-no a abandonar a
Áustria. Emigra para Inglaterra acompanhado da sua secretária Lotte — com quem
se virá posteriormente a casar — e torna-se cidadão inglês em 1940. Receando
não ser distinguido dos alemães e julgando correr o risco de ser considerado um
enemy alien, decide partir para o Brasil, obtendo ali um visto permanente. Estabelece-se
em Petrópolis, onde, recatado e isolado do bulício do Rio de Janeiro, continua
a trabalhar: escreve um breve ensaio sobre Montaigne, termina a autobiografia O
Mundo de Ontem e redige a Novela de Xadrez como o seu derradeiro testamento
literário. É aí que se suicida com a sua mulher, Lotte Zweig, a 23 de fevereiro
de 1942, pouco depois de enviar o manuscrito desta Novela de Xadrez para várias
editoras.
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