Titulo:
Midnighters: A Hora Secreta
Autor:
Scott Westerfeld
Coisas estranhas acontecem à meia-noite. Ninguém se mexe. O tempo para. Durante
uma hora a cidade de Bixby pertence às criaturas das trevas.
Jessica
Day chega a Bixby contrariada por deixar Chicago para trás, e as primeiras
impressões não são positivas. A pequena cidade é muito quente, a água tem um
sabor estranho, e Jessica não demorará a descobrir que este não é o único
aspeto peculiar de Bixby.
Logo
na primeira noite ela desperta de um sonho esquisito, que lhe revela que é a
única pessoa que existe e que o mundo está suspenso no tempo. Rapidamente se
aperceberá de que não se trata apenas de um sonho, e nesse momento o seu mundo
muda para sempre. Jessica descobre um restrito grupo de jovens, chamado
Midnighters, que consegue mover-se livremente numa hora da noite que não existe
para mais ninguém: a 25.ª hora. Durante anos, os Midnighters e as criaturas das
trevas partilharam esta hora tentando evitar-se mutuamente. Mas tudo isso muda
com a entrada em jogo de Jessica e dos seus poderes secretos.
Lembro-me de quando este livro foi lançado em Portugal e na curiosidade que me
suscitou a sua sinopse. Scott Westerfeld pareceu-me ser um autor fantástico e
que me faria sonhar com as suas histórias. Lançado numa altura em que o YA
parecia estar ainda por descobrir, este foi um livro que, com a sua
simplicidade e enredo elaborado, acabou por captar a atenção daqueles que o
leram e o autor tornou-se rapidamente famoso no nosso país.
Confesso
que tinha altas espectativas, talvez por isso me tenha sentido um pouco
desapontada com o que li. Gostei muito do livro, tem uma história viciante e
personagens muito bem construídas, mas a linguagem simples como tudo se passa
acabou por simplificar em demasia algo que poderia ter sido explorado de uma
forma mais profunda. Ao mesmo tempo, quero focar que nada foi deixado ao acaso.
Desde a criação física e psicológica das personagens, à forma como interagem
entre si, tudo foi pensado de maneira a que o leitor não se sentisse à parte e
que acompanhasse de uma forma quase presencial o que estava a acontecer. Gostei
bastante das diferenças existentes naquele grupo de jovens, transmitiu a ideia do
lema “todos diferentes, todos iguais”, em que cada um é diferente à sua
maneira, mas que na sua essência todos passam pelas mesmas dificuldades para se
manterem vivos.
Um
livro que prima pela originalidade e pelo cuidado do autor em construir este
misterioso mundo. Recomendo!
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