A
Criada Malcriada, o fenómeno do ano no Facebook, está finalmente em livro. As
aventuras cheias de humor da senhora e da sua criada da casa mais louca de
sempre. Salte o muro, tenha cuidado com o cão, esconda-se atrás do arbusto e,
sem fazer barulho, espreite discretamente pela janela da casa mais louca de
sempre. Entre o fumo dos cigarros e do pó
do espanador, assista em directo ao dia-a-dia, às idas e vindas desta
senhora e da sua criada. A
responsabilidade é toda sua. O que lá se passa é obra de alucinada ficção e
qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Ou não.
Tudo
começou aqui em www.facebook.com/acriadamalcriada O autor é anónimo (e
disponível para entrevistas por escrito) porque acredita que esta dupla deve
ter todo o protagonismo nestas aventuras e desventuras.
O
autor nasceu não se sabe onde e em data desconhecida. Passou a infância numa
cidade qualquer, supostamente com os pais e talvez com irmãos.
Estudou
uma coisa qualquer e deve, pelo menos, ter aprendido a ler. Percebe-se que não
terá sido nada sequer vagamente parecido com Belas Artes, Pintura, Arquitectura
e essas coisas onde se aprende a fazer, ao menos, uma linha direita. E, das
duas uma, ou tem um emprego muito bom, para poder passar o dia todo no
Facebook, ou está desempregado e vive do rendimento social de reinserção.
Viveu
em várias cidades europeias, como por exemplo. Não tem muito mau ar, mas como
só o vimos uma vez, quando veio entregar os desenhos, pode ser que o tenhamos
apanhado num dia bom. Também é possível que seja uma mulher. Nesse caso, não é
verdade o que vai escrito na frase acima e tem muito, muito mau ar.
Esta
é a sua primeira obra editada, apesar de ter escrito vários livros, todos sob
pseudónimos diferentes – sempre nomes de princesas russas – que também nos
mostrou mas não conseguimos passar da terceira página do primeiro manuscrito.
Os seus interesses são variados e reveladores e incluem, mas não se limitam, a
biografias de serial killers na Wikipedia, banda desenhada japonesa, trivia de
cinema mudo, fotos de estofos de carros com buracos feitos por cigarros, música
barroca, relógios Swatch e é sempre a descer a partir daí. As suas conquistas
mais notáveis são as variadíssimas vitórias nos muitos desportos que pratica,
daqueles aquáticos, com bolas e com cavalos, e tudo isto já depois do acidente.
Vive actualmente num país com cinco línguas oficiais, nenhuma das quais domina,
sequer ao de leve. Habituou-se assim a comunicar por desenhos, de onde lhe
nasceu esta paixão que, espera, lhe trará imensa fama mundial, rios de dinheiro
e «um telefone daqueles que dá para abrir as fotografias com os dedos».
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