Titulo:
Raptada
Trilogia:
O Jardim Químico
Autor: Lauren DeStefano
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Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas
- os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte.
Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos
polígamos para que a raça humana não desapareça. Levada pelos Colectores para
se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo
de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade
relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o
irmão gémeo e voltar para casa.
Mas
a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a
encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o
filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel,
pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo
que lhe resta.
Sobrevivência! Esta é a palavra-chave deste livro, uma palavra apenas mas que
contém uma significado tão forte para aqueles que lutam por se manterem vivos,
para manterem a capacidade e força para ultrapassar as dificuldades e conseguir atingir
os seus objectivos. Este é um livro fantástico, um livro que tem a capacidade
de nos tirar o folego, de nos fazer pensar acerca da nossa verdadeira liberdade
perante o mundo. Seremos mesmo livres ou será que apenas nos deixamos levar
pelo sentido de liberdade dos outros? A autora tem uma forma muito especial de
se expressar e o livro, que aborda temas tão fortes, acaba por se tornar uma
leitura muito agradável e que nos faz esquecer a noção do tempo.
O
mundo criado é perfeito, tão perfeito que quase que esqueci que não existia
realmente. Lauren DeStefano teve um cuidado imenso em cada detalhe descrito,
não deixando brechas que poderiam ser apontadas como terríveis falhas no enredo.
Gostei particularmente do tema da ilusão e da forma como o portão da mansão
estava escondido dos olhos de todos, sempre desconfiei de algo assim e fiquei
satisfeita por não me ter enganado.
As
personagens são o elemento mais marcante de toda a história, são elas que nos
fazem pensar, que nos transportam, que fazem com a adrenalina suba e que nos
fazem desejar virar mais uma página. Até mesmo o vilão consegue ser imensamente
cativante, mesmo odiando tudo aquilo que ele fazia, dei por mim a justificar
aquilo que ele fazia, a pensar que a sua loucura tinha uma razão de ser. Claro
que o Supervisor Vaughn é um homem macabro, que apenas quer saber das suas
pesquisas, mas quase que o compreendo…quase! Linden, o nobre, mas fraco Linden! Ele que poderia ter feito tanto, mas que acabou por se mostrar uma
personagem fraca, sem vontade de lutar, sem vontade de conhecer a realidade.
Ele próprio vivia aquele estado de ilusão de uma forma tão seria que nada mais
importava. Muitas foram as vezes que pensei se ele era realmente assim, se tudo
aquilo não passava de mais uma ilusão, porque fez-me e continua a fazer-me
impressão que um homem como ele. Um Governador pudesse ser tão cego para aquilo
que se passava no mundo. As irmãs-esposas foram as personagens mais se
destacaram em toda a história. Cada uma tinha uma personalidade diferente e
objectivos de vida diferentes, cada uma é importante na história por vários
motivos, são elas que fazem com que tudo aconteça, são as suas acções que sendo
boas ou más trazem consequências e cada uma irá sofrer de maneira diferente.
Desde o início que não gostei de Cecily, sendo a mais nova das três era também
a mais mimada e que não tinha um mínimo de interesse para com as outras. Achei
que ela só pensava em si própria e muitas vezes dei por mim a odiá-la. Ela era
nova demais para o papel que lhe foi destinado e talvez isso fez-me detestar
ainda mais aquela personagem e, mesmo sabendo da vida dura que ela tinha no
orfanato antes de ir viver naquela casa não a consegui desculpar de muitas das
acções que tomou para benefício próprio. Jenna era a mais velha, uma jovem de
dezanove anos que estava próxima de idade de morrer. Ela detestava a sua vida,
detestava o seu marido, mas aos poucos conseguiu aproximar-se da sua
irmã-esposa Rhine. Jenna, sendo a mais velha, já tinha passado dos diversos
problemas ao longo da sua vida, ela era a mais revoltada com a vida, mas tinha
toda a razão para o ser. Mesmo assim, ela conseguia ser uma boa amiga para com
a protagonista da história e ao contrário de Cecily, ela ficou-me marcada pela
sua honra, pela sua coragem. Esta foi sem dúvida uma personagem que permitiu a
Rhine ter força e coragem para seguir em frente com o seu plano. Por último, Rhine
e Gabriel! Não consigo falar de um sem mencionar o outro. Eles foram, ao longo daquelas
páginas, um casal tão doce que me derretia o coração de cada vez que havia uma interacção
entre estas duas personagens. Apesar de Rhine ter sentimentos pelo seu marido
Linden, era Gabriel que possuía o seu coração e isso é notório ao longo do
livro. Rhine nunca desistiu de fugir, mas nunca o quis fazer sem Gabriel! Deixá-lo
seria como deixar uma parte de si naquela casa… O final do livro foi soberbo.
Confesso que não estava á espera que Cecily tivesse uma mudança de atitude
perante os dois, mas fiquei um pouco satisfeita por isso. Pena ter sido tão
tarde, pena tantas pessoas terem sofrido por causa da personalidade volátil que
ela tinha.
Este
foi apenas o primeiro livro, a pequena introdução para o que irá acontecer de
seguida. Estou ansiosa por ler o próximo livro e, pelo que já li em algumas opiniões,
vai com certeza ser tão bom como este.
Boa Noite,
ResponderEliminardeixei dois selinhos para ti aqui
http://onossomundosobrenatural.blogspot.pt/2013/04/selos-liebster-award-e-versatile.html
ate breve