23/03/2013

[Entrevistas]Á conversa com...Luís Miguel Rocha


Bio: Luís Miguel Rocha nasceu em 1976 na cidade do Porto, onde mora depois de ter residido dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e guionista. Atualmente, dedica-se em exclusivo à escrita.
A Filha do Papa é o seu sexto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último Papa (2006), Bala Santa (2007), A Virgem (2009) e A Mentira Sagrada (2011).
As suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor português a entrar para o top do The New York Times. O Último Papa, bestseller internacional, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo.
Fonte: Wook.pt 


1 – Com que idade escreveu o seu primeiro conto?
R. A minha memória é terrível. Não sei precisar a idade nem o conto. Mas lembro-me de andar com um bloco A4 onde escrevia textos com 8 ou 9 anos.


2 – Foi difícil de publicar o seu primeiro livro em Portugal?
R. Não. Nada difícil. Enviei o livro (Um País Encantado) para vários editores e recebi várias recusas e outras respostas positivas.


3 – Na sua opinião, foi mais complicado publicar o seu trabalho em Portugal ou no Estrangeiro?
R. Talvez o meu trajecto não seja o normal mas para mim nunca foi difícil publicar. O processo é o mesmo em todo o lado. É imprescindível que alguém no ramo editorial leia e goste. Quando isso acontece a publicação está garantida.


4 - Como costuma fazer a pesquisa para os seus livros?
R. Todos os métodos são aceitáveis. Livros, documentos, testemunhos. É importante falar com historiadores, teólogos, padres, vaticanistas, arqueólogos. Enfim, todos aqueles que possam ajudar a saber mais.


5 – O Luís é um dos autores nacionais que se encontram melhor posicionados a nível mundial, neste momento. Pode contar-nos um pouco acerca da evolução da sua carreira?
R. Foi um processo sui generis. Procurei uma agente literária, obtive várias respostas positivas e em Frankfurt, em 2005, uma delas vendeu para 20 editoras. Continua a ser a minha agente até hoje. Acho que os escritores devem procurar profissionais para contactarem os editores.


6 – Ainda se lembra do momento em que lhe deram a notícia de que se encontrava na lista de bestsellers do New York Times? Qual foi o seu primeiro pensamento e reacção?
R. Fiquei boquiaberto. Ninguém escreve para ser bestseller do New York Times. Não é um pensamento que se tenha enquanto se está a escrever. Recebi a notícia ao fim da noite, por Facebook (se fosse há uns anos seria por carta ou telefone).


7 – Como se sente quando lhe chamam de “Dan Brown Português”?
R. Acho interessante. Quem me dera vender tanto como ele. Porém, eu já escrevi mais livros sobre o Vaticano que o Dan Brown. Os estilos literários também são diferentes.


8 – Tem algum episódio engraçado, ou que o tenha marcado de uma forma especial com algum fã que queira partilhar connosco?
R. Uma fã tatuou um frase do livro "A Mentira Sagrada": "O homem planeia, Deus sorri." Fiquei sem reacção.


9 – Qual foi, para si, a lição mais importante que aprendeu desde que publicou o seu primeiro livro?
R. O leitor é sagrado, a língua é sagrada.


10 – Para concluir, se lhe dessem a escolher cinco palavras para se definir, quais seriam elas?
R. Cinco palavras? Ora bem, não gosto de me definir, mas cá vão: esquecido, distraído, amigo, tímido e caprichoso.


Agradeço ao autor Luís Miguel Rocha pela sua simpatia e disponibilidade para esta entrevista.
Podem visitar a página oficial do autor aqui.

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