Lisa
Kleypas
Sinopse:
«Lady
Hawksworth, o seu marido não está morto…». Lara não podia acreditar no que
estava a ouvir. O seu marido, desaparecido há um ano num naufrágio, com quem
tinha vivido um casamento infeliz e desprovido de amor estava vivo e iria
voltar para casa. Como era possível? Lara não conseguiu controlar a emoção
quando reencontrou Hunter. O homem frio e cruel que lhe atormentou a vida e só
lhe deu dor, vergonha e humilhação no leito matrimonial. Agora estava ali. Mais
magro, com a pele mais escura, mais velho… mas sem dúvida que era Hunter.
Aquele homem conhecia segredos que só o marido podia saber, tinha a sua
fotografia guardada numa pequena caixa, a mesma que ela lhe dera há três anos
quando aquele partira para a Índia. Mas, ao mesmo tempo, era um homem assustadoramente
diferente. Mais meigo, atencioso aos seus caprichos, decidido a reconquistar o
seu amor, a fazê-la sentir uma mulher desejada e a esquecer as memórias tristes
do passado. Mas será aquele homem realmente o seu marido ou um impostor a cujos
braços Lara se entrega na busca da felicidade tão desejada?
Opinião:
Este livro foi, para mim, uma autentica surpresa. Apesar de já conhecer o
trabalho da autora através dos livros lançados pela Porto Editora, nada me
fazia pensar na qualidade encontrada nas páginas deste livro. Este veio apenas
firmar Lisa Kleypas de maneira inequívoca como uma das principais autoras da
minha biblioteca.
Tendo
este livro sido originalmente lançado em 1998, este só vem provar que o talento
da autora já vem de longe e que esta tem um talento incrível para os seus
romances de época que nos deixam a suspirar. Com um enredo deliciosamente
misterioso, este livro deixa-nos a pensar até ao final, sem deixar que o leitor
adivinhe aquilo que se avizinha e pela conclusão que tanto anseia. Ao enredo
vêm juntar-se personagens de personalidades fortes que lutam por atingir os
seus objectivos a todo o custo. Fiquei satisfeita pela personagem feminina não
apresentar um caracter fraco e submissivo para com os homens e também por
tentar resolver os seus problemas sozinha. Em todo o livro é notada uma grande
desconfiança para com o protagonista, sendo a desconfiança de Lara o condutor
para que isso aconteça e mesmo quando a própria tem a certeza acerca da
identidade do seu marido o leitor dificilmente consegue assegurar-se desse
facto, fazendo uma leitura quase obsessiva para desvendar a verdade.
A
minha escolha para personagem favorita recaiu sobre o pequeno Johnny, que mesmo
sendo uma criança apresenta já uma personalidade independente e lutadora, mas
foi a sua doçura para com Lara que me cativou. Este dá a cara pela escória da
sociedade da sua altura, num tempo em que muitas crianças cresciam em prisões e
depois acabavam por seguir o mesmo caminho dos seus pais, pois eram maltratados
tanto pela alta e baixa sociedade. Não havia ninguém que quisesse abrir as suas
portas para essas crianças com medo que estas fossem apenas um reflexo dos seus
pais. Há mesmo uma passagem no livro que foca esta afirmação “Pondo de lado
todos os impulsos caridosos, meu amor, terá de reconhecer que não lhes está a
pedir que acolham crianças normais. Os bons cidadãos de Market Hill consideram
os órfãos das prisões como criminosos em treino, e quem os poderia culpar?”. E
esta é apenas um exemplo daquilo que falo, cada uma das personagens caracteriza
uma parcela da sociedade e mostra-nos um pouco da mentalidade vivida da altura.
É sem dúvida um livro a não perder.
Eu adorei este livro. Foi o primeiro que li da autora e comprei-o porque gostei da sinopse e estava a um preço tão jeitoso que não resisti! Foi um achado!
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