Anne
Bishop
Sinopse:
O
regresso de Anne Bishop para o final desta brilhante e misteriosa nova
trilogia.
Começou
como uma caça às bruxas, mas o plano do Inquisidor-Mor para eliminar todos os
vestígios de poder feminino que há no mundo prevêem agora a aniquilação dos
barões de Sylvalan que se lhe opõem… e a destruição do berço de toda a magia: a
Serra da Mãe. Humanos e feiticeiras formam uma aliança difícil com os Fae para
fazerem frente a esse inimigo terrível. No entanto, mesmo unidos, não têm força
suficiente para resistirem aos exércitos mobilizados pela Inquisição. Procuram
por isso o apoio do último aliado ao qual podem recorrer: a Casa de Gaian. As
feiticeiras que vivem isoladas na Serra da Mãe têm poder suficiente para
criarem um mundo… ou para o destruírem.
O
antigo lema das bruxas: «Não fareis o mal», arrisca-se a ser esquecido por
força de uma necessidade mais premente: a necessidade de sobreviverem.
Opinião:
Foi com alguma tristeza que dei por terminada a leitura deste livro e o final
desta trilogia. Não é fácil dizer adeus a personagens e histórias tão
cativantes, fica sempre aquela sensação de perda e de que algo mais poderia ser
contado. Os livros de Anne Bishop têm tendência
para nos deixar desta forma, pois desde que se inicia a leitura do livro até
que o terminamos, acompanhamos o crescimento das personagens e a forma como as
suas acções as vão moldando e tudo isso vai fazendo com que ganhemos uma
ligação muito próxima com a história. Como exemplo, apresento a trilogia das Jóias
Negras. Depois dos três livros surpreendentes acerca dos Sangue, muitos foram
aqueles que quiseram ler mais e nunca se cansaram de cada vez que um livro novo
ia saindo, pois de vez em quando havia vislumbres da vida que as personagens
mais queridas na trilogia estavam a levar no momento.
Voltando
ao tema principal, este terceiro volume da trilogia Pilares do Mundo vem com
uma grande carga emocional agregada. Não só por se tratar da guerra final
contra os Inquisidores, mas também pela preparação dessa batalha. Confesso que
a primeira metade do livro foi uma leitura um pouco morosa, devido aos detalhes
com que tudo estava a ser descrito. Não que existisse grandes descrições estratégicas,
tudo o que o livro contém são informações preciosas acerca do que se está a
passar, mas são tantos os acontecimentos que obriga o leitor a fazer uma
leitura mais cuidada para que não se sinta perdido. A partir do momento em que
se inicia a guerra, tudo acontece de forma fluída e a leitura começa a ser
feita de maneira mais rápida. Quando dei por mim já tinha terminado a leitura
do livro.
Em
relação às minhas partes favoritas, gostei particularmente da cena em que Selena
ganha o lugar de Senhora da Lua e Rainha das Bruxas. Penso que foi uma grande
lição para Dianna, que mesmo sabendo que o seu poder estava em decaída se
mantinha demasiado arrogante. Outra parte que me deixou muito divertida foi o
momento em que Selena conta a Lucian que ele e a irmã eram WiccanFae. Foi um confronto
bastante divertido e que me deixou muito satisfeita, finalmente alguém conseguia
fazer frente ao grande Senhor do Fogo. Claro que mais uma vez Lucian
decepcionou-me, principalmente quando se serviu de Aiden para saber a verdade
acerca de Ari. Tal como o Bardo senti-me usada, pensei mesmo que o grande Lucífero
estava mudado, que o confronto com Selena o tinha mudado para melhor. Estava
enganada, tudo não tinha passado de um teatro para poder saber mais acerca do
que se estava a passar. De qualquer maneira, gostei da forma como Ari se
defendeu quando se deparou com ele. Gostei também da forma como a relação de
Falco e Breanna se foi desenvolvendo e também da reacção de Liam ao
relacionamento da irmã com o Senhor dos Falcões.
No
final, e porque esta opinião já está muito extensa, fiquei com vontade de saber
como as vidas as personagens evoluíram a partir do momento em que se fixaram
nas suas casas. O livro acabou de forma a deixar as nossas mentes voarem e
imaginarem o que poderá ter acontecido em seguida. De qualquer maneira foi uma
leitura fantástica, muito ao estilo de Anne Bishop e que recomendo vividamente.
Agradeço
à Saída de Emergência por nos trazer estes livros fantásticos e espero que,
muito em breve nos traga mais obras desta autora.
Excerto:
“ -
As wiccanfae não merecem estar entre nós...e Tir Alainn não é o lugar delas.
-
Nesse caso, sugiro que se vá embora.
Lucian
fixara-a com o olhar até Selena começar a perder mão sobre si mesma, em vias de
se descontrolar.
- Eu
sou Fae - afirmara - e sou Filha da Casa de Gaian, o que implica que também sou
wiccanfae. No entanto, se eu sou wiccanfae,o que julga o Senhor do Fogo que é?
-
Como?!
- O
fogo é um dos elementos da Mãe Universal. Não é uma dádiva dos Fae. O único
motivo pelo qual o senhor o domina é por ser descendente de pelo menos uma
pessoa que pertencia à Casa de Gaian.
-
Mentira - brandira Lucian - Eu sou Fae.
-
Wiccanfae! - atirara Selena, no mesmo tom. - Quem tem o seu poder não pode ter
sangue puro. Quem julgava o senhor que era? (...)”
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