30/12/2012

[Porto Editora]Opinião "Cada dia, cada hora",de Natasa Dragnic


Natasa Dragnic




















Sinopse: Como nos versos de Pablo Neruda, Dora e Luka sentem, "cada dia, cada hora", estar destinados um ao outro. Em crianças eram inseparáveis, até ao momento em que a família de Dora parte da pequena cidade croata onde viviam. Dezasseis anos mais tarde, o destino volta a uni-los, desta vez em Paris.
É evidente que foram feitos um para o outro, mas a vida encarrega-se de separar os seus caminhos. Cada dia, cada hora é a história de um amor atemporal e único, tão poético e comovente como a voz em que é narrado. Desde a costa do Adriático até aos teatros de Paris, o romance de Dora e Luka faz-nos sonhar com os amores perdidos ao longo da vida e devolve-nos a esperança num final feliz.


Opinião: Neste exacto momento terminei a leitura deste livro e não queria ir dormir sem antes expressar a minha opinião sobre ele. Ainda por mim fluem uma enormidade de emoções e por isso espero conseguir dar uma opinião recta acerca deste livro.
A autora trouxe até nós um livro incrível, escrito de uma forma simples mas tão intensa que a certa altura nos perguntamos nos porquês da vida, nos rumos incertos que esta por vezes toma. É uma história de amor que nos faz sonhar e acreditar no destino, num amor tão grande que pode durar uma vida inteira, mas que também nos pode ser arrebatado por terceiros de forma cruel.
Luka e Dora personificam um sem fim de casais apaixonados, que por várias razões se vêm afastados. A autora consegue, com alguma facilidade entranhar no leitor do seu livro uma história que pode muito bem ser a nossa. Talvez esse seja o grande trunfo deste livro, ao tornar este amor tão simples, mas ao mesmo tempo tão complicado, este passa a não ser só o amor entre Luka e Dora, mas também começamos a vive-lo como se fosse nosso. Não chorei, mas muitas foram as vezes que dei por mim com sentimentos próximos aos das personagens e por isso, apesar de não ter chegado a vias de facto, cheguei ao ponto de sentir os olhos a arder e também senti por algumas vezes o coração “pesado”. Queria que conseguissem ser felizes, queria que ultrapassassem os obstáculos, que deixassem tudo e todos para viverem aquele amor, mas havia sempre algo que os fazia recuar. A autora conseguiu até ao fim mostrar-se correcta e lutar contra a vontade de escrever o “final feliz” para as suas personagens, na minha opinião tudo isso torna tudo muito mais especial, afinal devemos passar por certas dificuldades para darmos o respectivo valor áquilo que no final iremos ter nas nossas mãos. As coisas não devem ser-nos dadas de mão beijada, devemos lutar para ter aquilo que mais desejamos e o amor não é excepção.
Claro que com estas palavras, só quero dizer que adorei o livro e adorei principalmente as passagens de Pablo Neruda e em como os seus poemas tornam toda a história tão especial. Apesar de fora do vulgar, este é um livro que nos faz pensar na vida e fez-me pensar que vale a pena lutar pela felicidade. Que cada dia, cada hora deve ser repleta de alegria e amor.

1 comentário:

  1. Quando as coisas nos são entregues de mão beijada, é mais fácil e mais simples... mas não se tornam tão significativas. É uma boa mensagem, gostei. Ainda não peguei no meu, mas agora espero fazê-lo o quanto antes. =)

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