Marissa
Meyer
Sinopse:
Com
dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico.
Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas
vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade
para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e
fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação
que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe
repare um andróide antes do baile anual.
Em
tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional»,
mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.
Ansiosa
por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a
irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há
uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença
da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações
clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então
sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia
apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há
quem esteja disposto a matar.
Opinião:
Foi uma grande surpresa! Confesso que não estava à espera de uma história tão fantástica,
Cinder foi, para mim, como uma golfada de ar fresco no meio de tanta literatura
de conteúdos mais sinistros.
Iniciei
a leitura com a ideia de encontrar uma história muito parecida com o conto “Cinderela”,
mas conforme ia lendo outra ideia começou a preencher a minha mente, havia algo
mais do além dessa ideia. Aquele ambiente vivido em Nova Pequim começou a
fazer-me viajar para outras paragens e as imagens do meu anime favorito começou
a aparecer na minha mente. Na verdade, muitas são as ideias mencionadas ao
longo da livro e talvez isso me tenha feito desconfiar de que a autora se teria
também baseado naquela mesma história. Falo-vos de Bishoujo Senshi Sailor Moon,
que a maioria de vós conhece por Navegantes da Lua. Pois é verdade, ao longo da
história podemos ver uma Rainha da Lua malvada que me fez lembrar de imediato a
Rainha Nehelenia, a princesa herdeira do trono que morreu misteriosamente e que
tem o nome de Selene e claro que não iriamos deixar de ter o príncipe, que
apesar de não ser o príncipe herdeiro do trono terrestre (Endymion), é herdeiro
da sua comunidade em Nova Pequim. Com todos estes elementos como poderia eu não
gostar deste livro? Seria impossível de acontecer algo assim.
A história,
apesar de lindíssima e divertida, tem também o seu pedaço de crueldade. Tal
como em Cinderela pode-se encontrar a impiedosa madrasta e as duas irmãs (apesar
de uma delas ser a única amiga humana de Cinder). Uma história muito bem construída,
que apesar de ser pouco surpreendente, consegue já no final lançar-nos numa
inesperada revelação e com isso preparar o lançamento para o livro seguinte.
Cinder é uma personagem muito querida e que me prendeu desde o início, apesar
da forma como é tratada sempre se manteve justa com aqueles que amava, não se
importando com os castigos que poderiam advir das suas transgressões. Claro que
não poderia deixar de falar da personagem que mais me divertiu ao longo desta história,
ela não aparece muitas vezes, mas sempre consegue fazer-nos rir com os seus
poucos diálogos. Refiro-me a Iko, um robot que tem um chip de personalidade
defeituoso e companheira de Cinder, esta fica marcada com frases como “Não
consigo computar”, “Dá-me uma olhada na ventoinha, acho que estou em
sobreaquecimento.” e tantas outras que apenas têm piada devido ao contexto em
que se encontram. Em relação ao próximo livro, esperarei ansiosamente por ele.
Espero que não demore muito a chegar a Portugal. Recomendo a leitura deste
livro, pois acredito que irão ficar cativados com toda a história.
É
uma história que acaba por ser simples, mas que nos apaixona desde o primeiro
momento.
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