Isabel
Lencastre
Sinopse:
Ao longo de quase oitocentos anos, duas mulheres e 32 homens sentaram-se no
trono de Portugal. Destes soberanos, apenas seis não tiveram filhos. E dos 26
restantes, só dois não terão tido filhos ilegítimos. Segundo os testemunhos que
a História nos deixou, todos os outros foram pais de bastardos.
Estes
filhos ilegítimos dos reis de Portugal assumiram papéis de relevo e cargos
influentes, tanto na corte como no estrangeiro. Desempenharam ofícios
importantes e diversos - um foi mordomo-mor, outro capitão na conquista de
Ceuta, outro ainda foi arcebispo de Braga. Dom João I, sendo bastardo, foi um
dos reis mais proeminentes de Portugal. E outros houve, por seu lado, que foram
líderes da oposição, criando instabilidade e promovendo a rebeldia do povo
contra os seus pais e irmãos no poder.
Reconstituindo
a vida de todos estes homens e mulheres, Bastardos Reais revela-nos uma parte
escondida e apaixonante da História de Portugal
Opinião:
Terminada a leitura de mais um livro acerca da História de Portugal, dou por
mim ainda a meditar sobre o assunto descrito nas suas páginas.
Ao
longo dos séculos, muitos foram aqueles que nasceram fora do casamento, mas só
alguns tiveram a sorte de conhecer a identidade do seu respectivo pai. Num tempo
em que era tão importante uma mulher ser pura até ao casamento, muitos eram os
deslizes que aconteciam no seio de muitas famílias e que acabavam por manchar reputações
de nobres e plebeus. Àqueles que nas suas veias corria sangue real e que com
alguma sorte era reconhecido o seu nascimento foram sendo entregues, ao longo do
tempo, alguns cargos importantes do reino e também alguma fonte de rendimento
para que conseguissem viver de acordo com o seu estatuto de bastardo do rei.
Apesar dos 102 anos que nos separam desde a implantação da Republica Portuguesa, muitos são aqueles que ainda se conseguem distinguir como sendo descendentes desses mesmos bastardos e que ainda têm posições de alto-relevo na sociedade do país como é o caso do político Paulo Portas, José Sócrates, os fadistas Vicente da Câmara, Carminho e Nuno da Câmara Pereira, o jornalista Miguel Sousa Tavares, cavaleiros tauromáquicos como António e João Ribeiro Teles, entre muitos outros…
Apesar dos 102 anos que nos separam desde a implantação da Republica Portuguesa, muitos são aqueles que ainda se conseguem distinguir como sendo descendentes desses mesmos bastardos e que ainda têm posições de alto-relevo na sociedade do país como é o caso do político Paulo Portas, José Sócrates, os fadistas Vicente da Câmara, Carminho e Nuno da Câmara Pereira, o jornalista Miguel Sousa Tavares, cavaleiros tauromáquicos como António e João Ribeiro Teles, entre muitos outros…
Gostei
bastante da leitura deste livro, apesar de algumas vezes se mostrar um pouco
confuso devido às linhas genealógicas que se cruzaram inúmeras vezes no seio de
algumas famílias, pois na altura era muito normal casamentos arranjados entre
tio e sobrinha, entre cunhados, primos em primeiro e segundo grau, etc.,
fazendo com que de repente existisse um sem número de relações co sanguíneas entre
essas famílias. Amante da história do nosso país foi com bastante prazer e até
mesmo divertimento que este livro foi lido. Achei o tema fascinante e também me
pareceu que a pesquisa foi feita minuciosamente pela autora. Uma autora a
seguir.
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