15/09/2012

[Entrevista]À conversa com...Emma Wildes


E que dia é hoje? É dia da nossa rubrica “Á conversa com…” e esta semana trago-vos uma escritora bastante conhecida, Emma Wildes. Quem não conhece a autora de romances como “Uma aposta perversa”, “Um homem imoral” e mais recentemente “Pecados escondidos”?

Desde já quero agradecer à autora pela simpatia com que se disponibilizou para esta entrevista. Deixo-vos os dados biográficos retirados do site da Planeta e de seguida podem ler a tão esperada entrevista desta tarde.
Espero que gostem.

Emma Wildes cresceu a devorar livros e a escrita nasceu naturalmente. A autora costuma dizer que adora escrever porque adora ler. Estudou na Universidade de Illinois e é licenciada em Geologia. Vive em Indiana com o marido e três filhos.
Foi a autora n.º 1 Fictionwise, WisRWA Reader’s Choice Award, vencedora na categoria de Romance Histórico em 2006 do Loriest Best Published, e em 2007 vencedora do Eppie para o melhor romance erótico.

1 – Como uma estudante de geologia se torna numa escritora?
R: Eu sempre gostei muito de ler e decidi que nos meus tempos livres (e isso é um termo vago, pois temos três filhos) iria tentar escrever uma novela. As histórias estavam sempre a bater na minha porta e assim que me sentei em frente àquele ecrã em branco, apercebi-me o quanto poderia ser divertido. Aconteceu que estava certa.

2 – Como se sente por ser uma autora de bestsellers?
R: Sabem, a melhor parte é saber que os leitores estão interessados no próximo livro. Há sempre um equilíbrio delicado entre o negócio da publicação e o prazer de podermos sentar e escrever. Estou contente pelos dois terem chegado ao mesmo tempo. Eu quero agradar tanto os meus leitores como a minha editora. Então penso que a resposta é que é maravilhoso, porque consigo continuar a fazer aquilo que mais gosto.

3 – Foi difícil começar a publicar os seus manuscritos?
R: Cada jornada é diferente e eu comecei por baixo, o que funcionou comigo. Enquanto estava a escrever a minha primeira novela trabalhava também em pequenas histórias para revistas literárias e com cada aceitação dava mais um passo em frente. Se recebi algumas rejeições? Sim recebi, mas foi uma experiência de aprendizagem como qualquer outra. Para seguir em frente temos de olhar para trás e as pequenas vitórias moveram-me na direcção dos meus objectivos. Mas qualquer um pode escolher fazê-lo de outra forma.

4 – Tem algum ritual que a ajuda a concentrar antes de começar a escrever?
R: Uma chávena de café é essencial e eu acordo muito cedo pela manhã, quando a casa está em silêncio. Escrevo sempre melhor de madrugada.

5 – Tem algum momento particularmente engraçado com algum dos seus fans?
R: Eu tenho fans fabulosos! Eu não sei o quanto acharão engraçado, mas há uns anos atrás um grupo de críticos literários convidaram-me para uma conferência e como tinham feito crítica a todos os meus livros, aceitei. Eles vieram buscar-me a casa (eram três horas de viagem) e acabamos por ter um fim-de-semana fabuloso. Eles eram hilariantes e acabei por aprender muito ao ouvi-los falar tão apaixonadamente acerca de todo o tipo de livros, não só os meus, e o mais importante, acerca daquilo de que gostavam e o que os tiravam realmente do sério. Todos eles tinham nas suas roupas uns alfinetes que diziam “I’m Emma’s Biggest Fan”. Foi muito simpático da parte deles e muito educacional para mim.

6 – Todos os seus livros são romances históricos? Alguma vez tentou escrever noutro género literário?
R: Eu escrevo suspense como Kate Watterson e Romance Futurístico como Annabel Wolfe. Gosto de trocar de géneros de vez em quando.

7 – Costuma fazer alguma pesquisa antes de iniciar um novo livro ou começa simplesmente a escrever?
R: Normalmente, começo logo a escrever e vou fazendo alguma pesquisa de acordo com aquilo  que vou precisando.


8 – Tem ideia de qual foi o livro mais fácil e o mais difícil de escrever? Porque acha que tal aconteceu?

R: O mais difícil da minha carreira foi um livro chamado “Bedding a Traitor”, que também se passa durante as Guerras Napoleónicas. A razão de tal dificuldade deveu-se a ser o primeiro livro que vendi e pelo qual tinha recebido um avanço monetário pelo que ainda não estava escrito. De repente tinha uma enorme pressão para entregar um livro numa determinada data e ainda nem sequer tinha pensado na história. Agora só escrevo livros com propostas, por isso o pânico já desapareceu. O mais fácil de escrever foi provavelmente “Lessons From a Scarlet Lady”. Eu adorei esse livro. As tentativas inocentes de Briana para capturar o interesse do seu marido, como ambos cometem múltiplos erros e realmente não se conseguem entender, foi realmente divertido de escrever.

9 – Tem alguns objectivos especiais para o futuro?
R: Eu adoraria continuar a escrever o tipo de livros pelos quais os leitores se sintam entusiasmados para ler. Os leitores conduzem toda a indústria editorial e como leitora, e escritora eu aprecio isso.

10 – Tem planos de futuro para visitar Portugal?
R: O meu marido e eu gostaríamos de visitar Portugal! Está na nossa lista de sítios bonitos a visitar. Tanta história…e sei que têm comida deliciosa. Essa é uma combinação à qual ninguém consegue resistir. E depois o vinho…aaah, não é segredo nenhum que adoro um bom vinho.

11 – Tem alguma mensagem especial para os seus leitores Portugueses?

R: Fico muito contente por gostarem das minhas histórias. A Planeta também tem capas tão bonitas; são as minhas favoritas. Sintam-se à vontade para me escrever em qualquer altura, eu adoro receber as mensagens dos meus leitores.

12 – Tem alguns conselhos que possam dar aqueles que querem seguir uma carreira como autor?
R: Acho que diria que terem muita paciência e perseverança é muito importante (todos dizem isso porque é realmente verdade), mas também estejam certos sobre aquilo que gostam de escrever. O que gostam mais enquanto leitores? É acerca disso que se devem sentar e pensar durante um tempo, porque as tendências estão sempre a mudar e é completamente impossível de as seguir. E depois, escrever deve ser considerado como uma alegria e não uma obrigação.  É realmente uma alegria. Se não for, então voltem a pensar sobre o que estão a fazer e comecem de início. Escrevam um livro com o coração e não parem por aí. Assim que tiver terminado, comecem outro. A maioria dos leitores não quer um só livro.

Thank you so much for having me here!

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