Boa noite
a todos!
Hoje
trago-vos mais uma entrevista. Ela dispensa apresentações, o seu mais recente livro
publicado este mês em Portugal tem o título de “Escravos da Paixão”. Depois do
sucesso do livro anterior, Kate Pearce presenteia-nos com mais um dos seus títulos.
Espero
que gostem desta entrevista e quero desde já agradecer à autora pela sua incrível
disponibilidade e simpática. Estou também ansiosa por ler o seu livro que já me
espera na minha estante.
Mas não
vos canso mais e apreciem a entrevista.
Dados
da autora:
Kate
Pearce nasceu em Inglaterra, numa grande família onde todas eram raparigas, e
passou grande parte da sua infância feliz num mundo de sonhos. Sempre lhe
disseram que tinha de «fazer o correto», portanto estudou História e formou-se
com distinção pela University College of Wales. Depois do fim do curso entrou
na vida real e trabalhou em finanças, carreira que não era a melhor opção para
uma futura escritora.
Finalmente,
mudou-se para os Estados Unidos, o que lhe permitiu realizar o seu sonho de
escrever um romance. Para além de ser uma leitora voraz, Kate gosta de fazer
caminhadas com a família pelos parques regionais da Califórnia
In Wook.pt
1 –
Até ao momento todos nós já ouvimos falar na escritora Kate Pearce, mas será
que nos pode contar algo sobre si como pessoa?
R:
Eu não sou nada como os meus livros. Cresci em Inglaterra, entrei na
Universidade de Wales para estudar História e casei com alguém com quem andei
na escola. Tivemos quatro filhos, três rapazes e uma rapariga e acabamos de
celebrar 26 anos de casados. J
Hoje em dia vivo perto de São Francisco, na Califórnia e aproveito o calor do
sol.
2 –
Quando e como descobriu o seu gosto pela escrita?
R:
Eu sempre fui uma grande leitora e quando fui viver para os EUA não tinha o
visto certo para poder trabalhar, então estava fechada em casa com três rapazes
pequenos. Descobri a secção de romances na livraria mais próxima e comecei uma
jornada de leitura por centenas de livros. Nessa altura decidi que era a
oportunidade certa para eu tentar e escrever um também.
3 –
Foi difícil de escrever o seu primeiro livro?
R:
Sim, foi difícil. J Escolhi
escrever acerca das Idades Sombrias na Bretanha, o que não é o período de tempo
mais conhecido, especialmente na América. Esse primeiro livro ainda não foi
publicado e acabei por escreveu mais quatro antes de conseguir fazê-lo
correctamente.
4 –
Foi difícil de publicar os seus manuscritos?
R:
Tal como a maioria dos aspirantes a escritor entrei em concursos organizados
pelo “Romance Writers of America” que me ajudou a obter criticas antes dos
editores e juízes julgarem o trabalho. Enviei também algumas cartas de solicitação
para agentes literários e eventualmente encontrei um agente fabuloso que me
aceitou e é ela que envia os meus manuscritos para as várias Editoras e que
negocia os contratos. Isso quer dizer que eu tenho apenas de me concentrar na
parte importante do meu trabalho, escrever um bom livro.
5 – Qual
a base usada por si para a criação das personagens e sítios onde as historias
se passam?
R: Eu sempre amei o período de Regência e li
Jane Austen e Georgette Heyer, mas sempre quis algo mais para os meus livros,
então decidi escrever versões mais sexy dos livros que mais gostei. Eu também
gosto de desafiar as convenções do romance e de adicionar diferentes elementos
sexuais nas minhas histórias.
6 –
Será que nos pode contar um pouco acerca do seu dia normal de trabalho e se tem
algum tipo de ritual que a ajuda na concentração antes de começar a escrever?
R:
Costumo deixar a minha filha mais nova na escola, sento-me na minha secretária
e a seguir respondo aos meus email e faço todos os outros trabalhos envolvidos
na rede social na internet. De seguida revejo as páginas que escrevi no dia
anterior e corrijo-as antes de começar a escrever mais qualquer coisa. Tenho
sempre o objectivo de escrever um mínimo de mil palavras por dia, mas
normalmente costumo escrever sempre um pouco mais. Às vezes, como aconteceu
durante esta semana, tenho edições a fazer no meu novo livro e tenho que
trabalhar nelas, então foco-me apenas nisso e não posso escrever tanto no livro
que estou a escrever no momento.
Eu
adoro “Jelly Bellys” (gomas em forma de feijão) e tenho um pote enorme em cima
da minha secretaria. Normalmente vou tiro uma mão cheia e vou comendo enquanto
revejo o que escrevi nas páginas anteriores. Eu vou comendo da cor e sabor que
menos gosto (amarelo) até chegar minhas favoritas (pera).
7 –
O livro “Escravos da Paixão” vai ser publicado em Portugal durante este mês,
mas foi publicado originalmente em 2007 e sabemos que é uma serie muito
intensa. Como é que as pessoas reagiram perante as cenas de sexo da serie “Casa
do Prazer”?
R:
Bem, quando a serie apareceu foi considerada como muito chocante, especialmente
por causa das cenas homossexuais. Eu penso que isso é mais prevalente agora. Eu
lembro-me de perguntar ao meu editor se haveria problema de a heroína do livro não
aparecer antes do quarto capítulo e ele disse estava bem com isso. LOL
8 –
Tenho de confessar-lhe que não conheço as suas outras séries, mas esta em
particular deixa-me bastante interessada. Como criou este muito mundo específico
com tanta dor e prazer em redor dos seus personagens?
R. Não
sei. O Val e o Peter simplesmente apareceram na minha cabeça um dia e já surgiram
com toda esta bagagem emocional intensa, então tive de escrever um livro e um
ambiente que permitisse soltar toda aquela intensidade e angustia.
9 –
Valentin e Peter tiveram uma relação muito intensa no passado, será que os
vamos encontrar mais vezes durante o resto da serie?
R:
Ocasionalmente, eles vão aparecendo nos outros livros. Eu adoraria também
escrever pequenas historias sobres eles, pois eles são muito populares entre os
leitores.
10 –
Uma curiosidade, será que no futuro iremos encontrar mais séries suas nas
livrarias Portuguesas?
R:
Não tenho ideia. Isso dependerá do sucesso da serie em Portugal e tambem na
decisão da Editora Portuguesa comprar mais dos meus títulos. Eu acabei de
escrever o último, o número nove, “Simply Scandalous” que irá sair em Dezembro,
por isso terão ainda bastantes para ler antes de algo mais acontecer.
11 –
O que pensa das capas Portuguesas?
R:
Adoro-as, gosto realmente delas.
12 –
Tem alguns planos para visitar Portugal?
R:
Eu nunca estive em Portugal, mas estive em França e Itália. Um dia adoraria visitar
Portugal, disseram-me que é um país muito bonito.
13 –
Tem alguma mensagem especial para os seus leitores portugueses?
R:
Muito obrigada por lerem e gostarem dos meus livros. Fico muito contente por
isso.
14 –
Tem algum conselho para aqueles que gostariam de seguir a carreira como autor?
R:
Leiam bastante o género literário sobre que pretender escrever e continuem a escrever
e a melhorar a cada dia.
Muito
obrigada, Kate Pearce.
Espero
que tenham gostado.
Gostei bastante de ler a entrevista! Parabéns!
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