Título:
Baku, últimos dias
Autor:
Olivier Rolin
Tradução:
Manuela Torres
Págs.:
176
PVP:
€ 14,40
Ao
encontro da morte em Baku
Novo
livro de Olivier Rolin é uma viagem e um plano: regressar a Baku e cumprir um
encontro com a morte.
No
dia 1 de fevereiro, a Sextante Editora publica Baku, últimos dias, de Olivier
Rolin.
Depois
de uma nota biográfica que prevê a sua morte em Baku no ano de 2009, Olivier Rolin decide, apesar
das recomendações dos amigos, viajar até essa cidade para confirmar se a
profecia da sua morte se irá ou não cumprir-se.
O
autor estará em Lisboa no âmbito do encontro «Lisboa nas narrativas: olhares do
exterior sobre a cidade antiga e contemporânea», que decorrem entre os dias 1 e
8 de fevereiro, no Palácio
Belmonte. Inserido no evento está o lançamento de Baku, últimos dias, que se
realiza no dia 6, pelas 18h30, e cuja apresentação está a cargo de Nuno Júdice.
O
LIVRO
Em
2003, regressando do Afeganistão, tive de parar em Baku, no Azerbaijão. Fiquei
num hotel chamado Apcheron, nome da península sobre a qual a cidade foi
construída. Escrevia na altura
Suite
no Hotel Crystal, um livro composto por umas quarenta histórias passadas em
quartos de hotel do mundo inteiro. O nome Apcheron, tão próximo do do rio dos
mortos grego, sugeriu-me a ideia de aí encenar o meu próprio suicídio. A nota
biográfica na capa do livro viria a mencionar a minha data de nascimento e de morte:
Boulogne-Billancourt, 1947 – Baku, 2009. A partir de 2004, eu tinha pois
morrido em Baku em 2009, no quarto 1123 do Hotel Apcheron.
À
medida que esse fatídico ano de 2009 se ia aproximando, as recomendações dos
amigos tornavam-se mais insistentes: se fores convidado para ir a Baku em 2009,
não vás! Estes alertas fizeram naturalmente nascer em mim a ideia de que, pelo
contrário, devia mesmo ir a Baku, para honrar uma espécie de promessa e aí permanecer
o tempo suficiente para dar à ficção da minha morte à beira do Cáspio uma
razoável hipótese de se concretizar. Este livro
é,
em certa medida, o diário da minha estada na cidade onde era suposto morrer.
Retratos, coisas vistas, sonhos, leituras, notas de viagem, evocação de figuras
do passado, etc. Claro que se tratava de um jogo, iniciado por um jogo de
palavras, mas esse jogo dava um certo colorido aos meus pensamentos, orientava
até certo ponto as minhas imaginações e mesmo os meus olhares.
O
AUTOR
Olivier
Rolin nasceu em França, a 17 de maio de 1947, e passou parte da sua infância em
África. Deu-se a conhecer com o romance Phénomène futur (1983), sendo hoje um
dos nomes mais respeitados do panorama literário francês. Em Portugal estão
traduzidos os seus romances O bar da ressaca, A invenção do mundo, Porto-Sudão (Prémio
Femina 1994), O cerco de Cartum, Tigre de papel (Prémio France Culture 2003 e
finalista do Prémio Goncourt), Suite no Hotel Crystal, o relato de viagem O meu
chapéu cinzento e o ensaio Paisagens originais. Olivier Rolin escreve também
reportagens para vários jornais e é atualmente editor.
Um
caçador de leões, publicado pela Sextante em 2009, foi finalista dos Prémios
Goncourt e Renaudot no ano anterior.
IMPRENSA:
Um
livro muito belo, cruzamento de relato de viagem e devaneio, de jogo e
invenção, de desafio e de reflexão sobre a criação.
Raphaëlle
Rérolle, Le Monde
A
elegância é-lhe conferida por este movimento de pêndulo, por este equilíbrio
precário e tanto mais precioso que sustém Baku.
Minh Tran Huy, Le Magazine Littéraire
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