Porto Editora doa mais de 7.000 € à Plataforma Por Darfur
Valor será entregue na próxima quinta-feira, 13 de outubro, na Livraria Bertrand Chiado
Lágrimas do Darfur, de Halima Bashir e Damian Lewis, editado em 2009 com a chancela Albatroz, do Grupo Porto Editora, está na origem desta iniciativa. Das vendas deste poderoso testemunho sobre um dos maiores dramas do nosso século resulta um donativo de, precisamente, 7.331 € (sete mil, trezentos e trinta e um euros), que reverte para a Plataforma Por Darfur, que é dinamizada pela Africa-Europe Faith and Justice Network, Amnistia Internacional, Missionários Combonianos, Comissão Justiça e Paz dos Religiosos, Fundação AIS, Fundação Gonçalo da Silveira e Associação Mãos Unidas Padre Damião.
Esse valor será entregue na próxima quinta-feira, 13 de outubro, às 17:30, na Livraria Bertrand Chiado, numa cerimónia em que estará presente o Padre Feliz Martins, missionário comboniano que se encontra no Sudão há 20 anos, os últimos cinco na região do Nyala (um dos locais mais violentos da região), e Manuel Alberto Valente, Diretor Editorial da Porto Editora e responsável pela edição deste livro em Portugal.
O grupo Tocá Rufar junta-se a esta iniciativa e irá proceder a animação na zona exterior à Livraria numa ação que está integrada na Campanha internacional “A Beat for Peace” iniciada no Sudão que se alastrou depois a todo o mundo e contou com a participação de centenas de artistas internacionais que desta forma fizeram um apelo pela paz no Sudão
Coragem distinguida
Halima Bashir foi a primeira mulher a quebrar o silêncio e a denunciar o horror vivido no Sudão, tendo sido distinguida com o Prémio Anna Politkovskaya pela RAW in War (Reach all Women in WAR), uma organização que luta pelos direitos das mulheres que trabalham em países em guerra ou zonas de conflito. Anna Politkovskaya foi uma jornalista russa, porta-voz de fortes críticas ao governo, e foi assassinada a 7 de Outubro de 2006.
Foi com o livro Lágrimas do Darfur que Halima Bashir, com a ajuda do jornalista inglês Damien Lewis – reconhecido pelos seus trabalhos em zonas de guerra – conquistou a atenção da opinião pública internacional, dando particular enfoque às torturas e violações sofridas pelas mulheres sudanesas.
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